Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA NEOPLASIA MALIGNA DE CÓLON NA REGIÃO SUL DO BRASIL NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Introdução

Sendo caracterizado pela existência de tumores que acomete o cólon no organismo, o câncer de cólon representa a neoplasia mais frequente do trato gastrointestinal. No mundo, ocupa a terceira posição em mortes relacionadas ao câncer e no Brasil, a segunda posição. Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico brasileiro na Região Sul em relação à prevalência de casos de neoplasia maligna de cólon.

Método

Estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujos dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), através da plataforma do DATASUS, referentes ao período de 2019 a 2023. Analisou-se a Região Sul e seus respectivos Estados, além da faixa etária, sexo e raça/cor mais acometida pela neoplasia de cólon.

Resultados

Foram registrados 283.089 casos de internações no país por neoplasia maligna de cólon de 2019 a 2023. As maiores incidências foram identificadas na região Sudeste, com 125.763 (44,43%) das internações, seguida da Região Sul, com 96.264 (34,00%). Contudo, ao observar-se a taxa de internação por 100 mil habitantes, a região Sul foi a que apresentou a maior taxa (321,59), seguida pela região Sudeste (148,22). Na região Sul, o Paraná representa o estado com maior número de internações (49.743), seguido pelo Rio Grande do Sul (27.209) e Santa Catarina (19.312). Em relação à faixa etária, essa neoplasia é mais prevalente entre 60 a 69 anos, apresentando um total de 29.606 (30,76%). Em relação ao sexo, percebe-se uma predominância do sexo masculino, representando 52,25% dos casos. Por fim, observa-se maior incidência nos indivíduos que se declaram brancos (86%).

Conclusão

A neoplasia maligna de cólon afeta todas as idades, com maior incidência após os 60 anos. Ao analisar o número de internações, a região Sudeste obteve os maiores valores seguida da região Sul. Tal fato deve-se ao maior índice populacional dessa região, uma vez que ao converter esses dados para taxa por 100 mil habitantes, a região Sul passa a ocupar a primeira posição. O que pode ser correlacionado ao consumo excessivo de alimentos ricos em sódio e gordura. Além do consumo frequente do tabaco e álcool, que, segundo pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE em 2019, traz a região Sul com o maior número de cigarros fumados por dia. Dessa forma, o SUS deveria ampliar o rastreamento para grupos de maior risco e a oferta de exames de diagnóstico, para pacientes com sintomas sugestivos da doença.

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