Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica dos óbitos decorrentes de doença arterial coronariana no Brasil e em Santa Catarina no período entre 2019 a 2023

Introdução

A doença arterial coronariana (DAC), é a principal causa de morbimortalidade global, sendo responsável por 9 milhões de óbitos no mundo em 2021. A DAC está relacionada ao fornecimento insuficiente de sangue para o músculo cardíaco, em função da obstrução das artérias coronarianas epicárdicas. Tal obstrução pode se dar por placas ateroscleróticas, ou, menos frequentemente, por doença microvascular. Objetivou-se analisar o perfil de mortalidade da DAC no Brasil (BR) e em Santa Catarina (SC) no período entre 2019 a 2023.

Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, de delineamento transversal, descritivo, quantitativo e de análise de série temporal envolvendo o número de óbitos totais decorrentes da doença arterial coronariana. Os dados foram coletados através do Painel de Monitoramento da Mortalidade CID-10, disponibilizado pelo DATASUS. As variáveis analisadas foram: número de óbitos, sexo, faixa etária e raça/cor, no BR e no estado de SC, pelos CID-10/I20-I25 no período de 2019 a 2023.

Resultados

Foram notificados 579.761 óbitos por DAC no BR. O sexo masculino foi o mais prevalente, caracterizando 59,12%. A faixa etária mais acometida foi acima de 80 anos (28,35%) seguida pelo intervalo de 70 a 79 anos (25,81%). A população branca foi a mais prevalente, com 52,39% dos óbitos, sucedida pela parda com 36,85%. No BR, as regiões mais acometidas foram a Sudeste (46,52%), seguida pela região Nordeste (26,43%). Já em SC, foram notificados 18.637 óbitos por DAC, representando 22,36% do total de óbitos da região Sul pela mesma causa e 3,21% do BR. Do número total de óbitos no estado, 61,46% foram do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi acima de 80 anos (27,53%), seguida de 70 a 79 anos (26,27%). A população branca foi a mais prevalente, com 89,9% dos óbitos, seguida da parda com 5,65%. No estado de SC, as regiões com maior prevalência foram a Grande Florianópolis (24,03%) e a região Sul (19,09%).

Conclusão

Os dados analisados sugerem que a DAC foi responsável por um grande número de óbitos no estado, acometendo mais homens acima de 70 anos e da cor branca. Com isso, constata-se a importância do controle dos principais fatores de risco modificáveis como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes mellitus e tabagismo. Além do incentivo a uma alimentação equilibrada e a melhoria dos serviços de saúde objetivando-se o diagnóstico e tratamento precoce, visando a reversão da tendência de mortalidade por DAC no BR e em SC.

Bibliografia

SANTOS, E.B.; BIANCO, H.T.; Acute and chronic ischemic heart disease. v. 16 n. 1. Rev Soc Bras Clin Med. 2018. p. 52-58. Disponível em: . Acesso em: 14 de ago. de 2024.

SMITH, J.; DOE, A. Ischemic Heart Disease: epidemiological, pathophysiological aspects and therapeutic management. J Cardiol Res. 2023. p. 345-356. Disponível em: . Acesso em: 14 de ago. de 2024.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Health Estimates: Life expectancy and leading causes of death and disability. 2021. Disponível em: . Acesso em: 14 de ago. de 2024.

Área

Clínica Médica

Categoria

Transversal

Instituições

Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Santa Catarina - Brasil

Autores

CLARICE GRASMÜCK, ANA PAULA DELUCA, CAROLINE OLIVEIRA FISCHER BACCA, LETÍCIA ELLEN DOS SANTOS, MILENA DAL WITT DE SOUZA