Dados do Trabalho
Título
Tendência Temporal e Perfil da Mortalidade por Causas Evitáveis Entre Jovens de 5 a 19 Anos no Brasil no Período de 2013 a 2022
Introdução
A análise da mortalidade infantil é um
importante parâmetro para entender as
condições de saúde e doença em que vivem
as crianças dentro de determinada
localidade em um período de tempo, sendo
as causas evitáveis uma boa parcela dessas
mortes¹,². As mortes evitáveis são aquelas
passíveis de prevenção total ou parcial pelos
serviços de saúde³. No Brasil, temos a Lista
Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis
(PEGAR REF), com o objetivo de analisar
o caráter epidemiológico dos óbitos e, dessa
forma, identificar possíveis carências do
sistema de saúde. Diante disso, este estudo
tem como objetivo descrever o perfil da
mortalidade e analisar a tendência temporal
de óbitos por causas evitáveis entre a
população pediátrica de 5 a 19 anos no
Brasil entre os anos de 2013 a 2022.
Método
Trata-se de um estudo ecológico misto de
perfil e série temporal referente aos óbitos
por Causas Evitáveis na população
infantojuvenil entre os anos de 2013 a 2022.
Foram coletados dados através do Sistema
de Informação sobre Óbitos por Causas Evitáveis por meio do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde⁴.
Incluiu-se na amostra número de óbitos por
causas evitáveis, sendo as variáveis utilizadas
macrorregiões de saúde, causas evitáveis,
faixa etária, sexo, raça/cor e locais de
ocorrência.
Resultados
O total de notificações de morte por causas
evitáveis foi de 203.736 casos. O ano de 2014
apresentou o maior número de óbitos
(11,96%) e o ano de 2022 representou o
menor número (7,53%). A média durante os
anos se manteve constante, sendo de
aproximadamente 10%. O Nordeste foi a
região com maior mortalidade (37,18%),
enquanto o Centro-Oeste apresentou a
menor (8,33%). A causa de óbito mais
prevalente foi “reduzíveis por ações de
promoção à saúde, prevenção e atenção a
causas externas” (81,58%). Em relação ao
perfil socioeconômico, houve predominância
do sexo masculino (79,97%), com faixa etária
de 15 a 19 anos (78,30%), cor/raça parda
(61,31%). Dentre os locais de ocorrência, a
mais prevalente foi em hospital (38,58%),
seguido de via pública (32,98%).
Conclusão
O estudo analisou a mortalidade e a tendência
temporal de óbitos por causas evitáveis em
jovens no Brasil de 2013 a 2022, tendo
predominância do sexo masculino, de 15 a 19
anos e da cor/raça parda. O primeiro lugar
nas causas é ocupado pelas mortes reduzíveis
por ações de promoção à saúde, prevenção e
atenção a causas externas. Sendo assim,
sugere-se uma maior atenção na
implementação de ações de promoção à
saúde, visando a prevenção dos casos
Bibliografia
1. Rutstein DD, Berenberg W, Chalmers TC,
Fishman AP, Perrin EB, Zuidema GD.
Measuring the quality of medical care:
second revision of tables of indexes. New Eng
J Med 1980; 302(20):
1146.http://doi.org/10.1056/NEJM198005153
022012
2. Batista RV, Duarte EC, Sardinha LMV,
Oliveira JM. Evolução da mortalidade
infantil por causas evitáveis: série histórica
1997-2006, Distrito Federal. Comun Ciênc
Saúde. 2010;21(3):201-10.
3. França E, Lanski S. Mortalidade infantil
neonatal no Brasil: situação, tendências e
perspectivas. In: Rede Interagencial de
Informações para Saúde (RIPSA).
Demografia e Saúde: contribuição para
4. Banco de dados do Sistema Único de
Saúde:DATASUS-TABNET. Ministério da
Saúde do Brasil [Internet]. Brasília: MS.
Área
Clínica Médica
Categoria
Transversal
Instituições
Universidade do Sul de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
GABRIELA SODRÉ BRÜGEMANN, GABRIELA DACHI DE ARAÚJO , LETÍCIA ENEDINA DO NASCIMENTO TORQUATO, MARIA LUIZA MARTINS ANDRÉ , PEDRO DOCUSSE