Dados do Trabalho


Título

Estudo epidemiológico da morbidade hospitalar por septicemia em adultos nas macrorregiões de saúde de Santa Catarina no período de 2013 a 2023.

Introdução

A sepse é uma síndrome de resposta inflamatória, causada por uma infecção que pode se originar em um local e causar alterações sistêmicas. Do ponto de vista clínico, a apresentação da sepse se relaciona às múltiplas possibilidades de interação entre homem e microrganismos, distinguindo-se em situações como: infecção, sepse, sepse grave, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.

Método

Estudo ecológico, descritivo e de abordagem quantitativa. Com dados obtidos do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), abrangendo casos de morbidade hospitalar por septicemia no estado de Santa Catarina, durante o período de 2013 a 2023. Utilizou-se as variáveis: ano de processamento, região brasileira, unidade da federação, faixa etária, evolução e óbitos. Os referentes dados foram colocados em tabelas para comparação entre as variáveis analisadas.

Resultados

No período analisado, observou-se 14.508 internações hospitalares por septicemia nas macrorregiões de saúde de Santa Catarina, com maior percentual no ano de 2023, com 1.851 (12.76%) casos, e menor em 2013, com 1.071 (7.38%) casos. Uma análise mais profunda da região revela que na região do planalto norte e nordeste concentram-se a maior parte desse montante, com 2.909 (20.05%), seguida pelo vale do Itajaí, com 2.682 (18.49%) casos. Observou-se predomínio de internações na faixa etária de 50 a 59 anos em todas as macrorregiões, com o total de 6.325 (43.60%) casos. Foram registrados 3.846 óbitos, com a maior prevalência na macrorregião do planalto norte e nordeste, com 826 (21.48%) casos, seguido pelo sul, com 741 (19.27%).

Conclusão

Fica evidente, portanto, que as internações por septicemia possuem um perfil clínico em comum, sendo a faixa etária de 50 a 59 anos de idade a de maior prevalência. Sobre o aumento de casos de internações, mostrou-se uma maior concentração desses na região norte e nordeste. Ademais, para que se tente evitar casos de sepse e óbitos por septicemia, espera-se que sejam realizadas políticas públicas de educação em saúde, a fim de mudar o atual quadro, melhorando o prognóstico desta patologia.

Bibliografia

ALMEIDA, Nyara Rodrigues Conde de et al. Análise de tendência de mortalidade por sepse no Brasil e por regiões de 2010 a 2019. Revista de Saúde Pública, v. 56, p. 25, 2022.
SILVA, Rita de Cássia Sousa; SILVA, Lesandra Ramos da; SILVA, Allan Batista. Perfil epidemiológico de internações por sepse na Paraíba no período de 2016 a 2019. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 45, n. 2, p. 131-143, 2021.
LOHN, Arilene et al Perfil epidemiológico e clínico de pacientes com suspeita de sepse e choque séptico em emergência hospitalar. Rev. Min. Enferm. vol.25 Belo Horizonte 2021 Epub 28-Fev-2022. Disponível em: https://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-27622021000100244. Acesso em: 13 jul. 2024.

Área

Clínica Médica

Categoria

Transversal

Instituições

Faculdade Centro Universitário Unifacisa (UNIFACISA) - Paraíba - Brasil, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) - Santa Catarina - Brasil, Universidade Santo Amaro (UNISA) - São Paulo - Brasil

Autores

JULIA BUDNI PICOLO, Amanda Ceron Dagostin, Celijane Almeida Silva , Giovanna Fernandes Misiunas, Luiza Cardoso Barcelos