Dados do Trabalho
Título
ASSÉDIO EM AMBIENTE GINECOLÓGICO
Introdução
O termo "abuso" abrange comportamentos prejudiciais em diversos contextos, incluindo social, emocional, sexual e físico. No campo da saúde, abusos frequentemente ocorrem devido à falta de ética por parte de alguns profissionais e a lacunas legais no Brasil. Esse problema é particularmente sensível em consultórios médicos e frequentemente tratado como tabu, principalmente devido à dificuldade das vítimas em distinguir entre procedimentos legítimos e abusivos. A conscientização sobre a vulnerabilidade dos pacientes a abusos, especialmente em contextos íntimos como consultas ginecológicas, é crucial.
Método
A pesquisa foi conduzida utilizando um questionário online, distribuído através das redes sociais. Os dados foram organizados em uma planilha automática do Excel e posteriormente refinados. A amostra consistiu em mulheres de cidades do oeste catarinense, abrangendo diferentes faixas etárias, religiões e níveis de escolaridade. A amostragem foi de conveniência, e o número de participantes foi considerado adequado para a análise. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva para entender as possíveis relações entre as variáveis.
Resultados
Os resultados de um levantamento com 89 mulheres indicaram que o conhecimento médio sobre abusos era 7,16 em uma escala de 0 a 10.O nível de conforto com ginecologistas masculinos foi de 4,46. A maioria das participantes (62,9%) consulta regularmente um ginecologista, e 9% relataram ter sofrido assédio em ambiente hospitalar. Quase metade(47,2%) desconhecia a punição para contato físico inadequado por parte dos médicos. Não houve uma relação significativa entre o conhecimento sobre abusos e o conforto com ginecologistas masculinos, mas mulheres que relataram abuso tendem a ter maior conhecimento sobre o tema e preferem evitar ginecologistas masculinos. Sentimentos de julgamento e conhecimento sobre práticas adequadas também foram fatores relevantes relacionados à ocorrência de abuso.
Conclusão
A conclusão da pesquisa aponta para a necessidade de aprimorar a educação sobre procedimentos ginecológicos para pacientes e profissionais. Destaca-se a importância de promover a conscientização sobre práticas adequadas e criar ambientes seguros para proteger os pacientes e fomentar um ambiente ético e acolhedor
Bibliografia
WAKSMAN, Renata Dejtiar. Manual de atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência. Brasília: Cfm, 2018.
LEAL et al. Sexual abuse and chronic pelvic pain in a gynecology out patient clinic. A pilot study. Int Urogynecol J. p.1285-1291, 2021. DOI: 10.1007/s00192-021-04772-4
RODRIGUES, Tatiane Daby de Fatima Faria et al. As pesquisas qualitativas e quantitativas na educação. Prisma, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 154-174, 2021.
Área
Clínica Médica
Categoria
Transversal
Instituições
Unochapecó - Santa Catarina - Brasil
Autores
LUCCA FAVRETTO SKROCH, LEONARDO FELIPPE MATTOS