Dados do Trabalho

Título

AVC como complicação após procedimento de lifting de papada: um relato de caso

Introdução

Introdução: O acidente vascular encefálico – AVC, é uma enfermidade com elevado potencial de fatalidade e ocorre quando o aporte de sangue para uma parte do cérebro é interrompido. Tal condição grave, a falta de oxigênio sob o cérebro pode levar a consequências irreversíveis. Seu quadro clínico varia conforme sua tipificação em isquêmico, quando ocorre estreitamento e/ou bloqueio de uma artéria; ou hemorrágico, quando um vaso se rompe. Podendo incluir fraqueza, visão turva, dificuldades na fala e cefaleia intensa. Portanto o seu reconhecimento precoce em conjunto com rápida intervenção é primordial para mitigar seu potencial fatal.

Método

Método: Relato de caso com dados oriundos de prontuário médico.

Descrição do Caso

Relato do Caso: Paciente, feminina, 38 anos, admitida com dislalia e perda de força nos quatro membros; iniciados no mesmo dia da entrada ao hospital. História pregressa que há 10 dias realizou lifting de papada com profissional não medico, e no 6° dia de evolução apresentou forte pressão na cabeça e vertigem. Exame físico: afasia global, alerta, região cervical edemaciada e com hematomas. Paciente evolui com piora do quadro e rebaixamento do nível de consciência com bradicardia, sendo realizada intubação orotraqueal e acesso central. Prosseguiu com investigação de exames de imagem cuja tomografia computadorizada – TC, mostrou artéria basilar hiperdensa, hipodensidades esparsas por todo o cerebelo. Parecer do neurologista relata AVC isquêmico de fossa posterior. Optado por antiagregação dupla e requerido angiografia cerebral que demonstrou surgimento de áreas hipodensas cerebelares com leve efeito expansivo com leve compressão sobre o IV ventrículo, suspeitas para lesões isquêmicas agudas e leve hiperdensidade na artéria basilar, suspeita para trombose. A TC realizada no 10° dia pós admissão provou o surgimento de hipoatenuação encefálica difusa supratentorial, aumento das áreas hipoatenuantes encefálicas na fossa posterior e sinais de hipertensão intracraniana. Com a piora do quadro, encaminhou-se a unidade de terapia intensiva. Após 15° dia de admissão, paciente evoluiu com pupilas em midríase fixa e sem reflexos córneo palpebral ou oculocefálico. Iniciou-se o protocolo de investigação de morte encefálica e no 17° dia paciente veio a óbito.

Conclusão

Conclusão: Sendo assim, nota-se os elevados riscos da realização de procedimentos estéticos por profissionais não médicos e suas extensas consequências, demonstrando a necessidade de melhor controle acerca de tais procedimentos.

Bibliografia

Bibliografia:
ATLS - Advanced Trauma Life Support for Doctors. American College of Surgeons. 10a. Ed 2018. 10a Ed, 2018
NETO, Rodrigo Antonio B.; SOUZA, Heraldo Possolo de; MARINO, Lucas O.; et al. Medicina de emergência: abordagem prática. Editora Manole, 2023.
SOUZA LEITE, Karina Fonseca de et al. Efeito da implementação de protocolos nos desfechos do AVC isquêmico agudo: revisão sistemática. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 81, p. 173-185, 2023.