Dados do Trabalho
Título
ALTERAÇOES CEREBRAIS ESTRUTURAIS E BIOQUIMICAS EM CRIANÇAS VITIMAS DE ABUSO INFANTIL: IMPORTANCIA MEDICO-LEGAL
Introdução
Os seres humanos são indefesos nos primeiros anos de vida em decorrência do longo período necessário para o completo desenvolvimento do encéfalo, o qual é moldado pelo ambiente através do processo de neuroplasticidade, podendo sofrer mudanças negativas de acordo com experiências desastrosas. O abuso/violência e a negligência infantil são atos ou omissões de cuidados, respectivamente, potencialmente capazes de causar danos físicos e/ou mentais, reais ou potenciais, impetrados contra menores de 18 anos. Visto que o Brasil atinge níveis alarmantes de violência e maus-tratos infantis, segundo dados internacionais vinculados à Organização Mundial da Saúde, e nacionais originários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a identificação dessas vítimas e a adoção de medidas preventivas e terapêuticas tornam ainda mais fundamentais o papel do médico na sociedade. As crianças que são submetidas a maus-tratos têm potenciais riscos de cursarem com alterações estruturais e bioquímicas cerebrais as quais repercutirão negativamente, podendo até ser permanentes, com intensidade distintas e que variam de acordo com a faixa etária do paciente.
Metodologia/ Discussão
Estudo foi realizado no Centro Universitário FMABC por meio da revisão narrativa de literatura na base de dados PubMed, aplicando os descritores ‘‘Child Abuse’’ e ‘’Brain Development’’, com o boleano ‘’and’’. O tempo de busca foi de 2016 a 2022. Foram selecionados 35 artigos tomando por base a leitura dos abstracts de cada artigo e elencado por ordem de relevância
Marco Conceitual/ Fundamentação/ Objetivos
O presente estudo busca dar luz à discussão sobre os maus-tratos infanto juvenis e suas repercussões para uma população em que, de acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), apenas nos primeiros 5 meses de 2022 notificou 4486 denúncias contra menores de idade.
Deste modo, expondo alterações de comportamento e distúrbios físicos compatíveis com o abuso e a negligência infantil, servidores do sistema de saúde poderão agir mais ativamente no processo de prevenção e intervenção destes ambientes, visto que a violência interfere no desenvolvimento estrutural e bioquímico cerebral com consequências irreparáveis.
Resultados/ Conclusões
Estudos de imagem e populacionais permitiram relacionar casos de abuso infantil com alterações estruturais, volumétricas, bioquímicas e clínicas dos pacientes. Deste modo, por mais que não se possa traçar um efeito causal obrigatório, a relação entre psicopatologia e abuso infantil está bem consolidado. De maneira geral, as principais alterações estruturas vistas em vítimas de abuso infantil é a redução de hipocampo, corpo caloso, córtex cingulado anterior, córtex orbito frontal e córtex pré-frontal dorsolateral. Ademais, alterações na amígdala, vermis cerebelar e no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) dão embasamento às principais clínicas destes pacientes. Outro ponto a se considerar é a hipótese de que certos polimorfismos podem juntos determinar o quão maleável uma pessoa é tanto para experiências positivas quanto negativas (plasticidade fenotípica). Em pessoas geneticamente suscetíveis, modificações epigenéticas induzidas por maus-tratos que, por sua vez, alteram trajetórias de desenvolvimento cerebral podem, em muitos casos, representar o início de uma cadeia crucial de eventos que levam à psicopatologia e risco de abuso de substâncias, por exemplo.
Considerações Finais
Desse modo, em um país como o Brasil onde a violência infantil atinge níveis alarmantes é mandatória a elucidação da influência da violência impetrada nas fases de desenvolvimento neurológico (estrutural e bioquímico) para com psicopatologias, abuso de substâncias e de perpetuação da violência. Esse cenário devastador determina que políticas públicas de intervenção devam ser amplamente discutidas, desenvolvidas e implementadas. Aos médicos, cabe o alerta para atuarem o mais precocemente no diagnóstico, tanto quanto em medidas educativas, preventivas e ao mesmo tempo da adoção de terapêuticas medicamentosas e não medicamentosas adequadas não apenas no momento da violência, mas ao longo do tempo para que possa identificar possíveis desvios e, assim, atuar de maneira apropriada.
Bibliografia
1. Glaser D. Abuso infantil e negligência e o cérebro - uma revisão. J Psiquiatria Psicológica Infantil. 2000 Jan;41(1):97-116
2. Panzer A. The neuroendocrinological sequelae of stress during brain development: the impact of child abuse and neglect. Afr J Psychiatry (Johannesbg). 2008 Feb;11(1):29-34. doi: 10.4314/ajpsy.v11i1.30252. PMID: 19582322.
3. Teicher MH, Samson JA, Anderson CM, Ohashi K. The effects of childhood maltreatment on brain structure, function and connectivity. Nat Rev Neurosci. 2016 Sep 19;17(10):652-66. doi: 10.1038/nrn.2016.111. PMID: 27640984
4. De Bellis MD.A psicobiologia da negligência.Child Maltreatment 2005;10(2):150-172.
5. Kisely, S., Abajobir, AA, Mills, R., Strathearn, L., Clavarino, A., & Najman, JM (2018). ). Maus-tratos infantis e problemas de saúde mental na idade adulta: coorte de nascimentos estudar.O Jornal Britânico de Psiquiatria,1–6.https://doi.org/10.1192/bjp.2018.207.
6. Norman, RE, Byambaa, M., De, R., Butchart, A., Scott, J., & Vos, T. (2012). As consequências de longo prazo para a saúde do abuso físico infantil, abuso emocional e negligência: Uma revisão sistemática e meta-análise.Medicina PLoS, 9(11), e1001349.https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1001349.
7. Braga, T., Cunha, O., & Maia, . (2018). O efeito duradouro dos maus-tratos no comportamento antissocial: uma meta-análise de estudos longitudinais.Agressividade e Violência Comportamento, 40, 91-100.https://doi.org/10.1016/j.avb.2018.04.003.
8. Scott, S., Knapp, M., Henderson, J., & Maughan, B. (2001). Custo financeiro da exclusão social: Estudo de acompanhamento de crianças anti-sociais na idade adulta.BMJ, 323(7306), 191.https://doi.org/10.1136/bmj.323.7306.191.
9. Widom, CS (2017). Impacto a longo prazo do abuso e negligência na infância sobre o crime e a violência.Ciência e Prática da Psicologia Clínica, 24(2), 186-202.https://doi.org/ 10.1111/cpsp.12194.
10. Wilson, HW, Stover, CS e Berkowitz, SJ (2009). Revisão de Pesquisa: A relação entre a exposição à violência na infância e o comportamento antissocial juvenil: A revisão meta-analítica.Jornal de Psicologia Infantil e Psiquiatria, 50(7),
769-779.https://doi.org/10.1111/j.1469-7610.2008.01974.x.
11. McCrory, EJ, & Viding, E. (2015). A teoria da vulnerabilidade latente: Reconceituando a ligação entre maus-tratos na infância e transtorno psiquiátrico. Desenvolvimento e Psicopatologia, 27(2), 493-505.https://doi.org/10.1017/S0954579415000115.
12. Schimmenti, A., Di Carlo, G., Passanisi, A., & Caretti, V. (2015). Abuso na infância e traços psicopáticos em uma amostra de agressores violentos.Trauma psicológico Prática e Política de Pesquisa de Teoria, 7(4), 340.
13. Felitti, VJ, Anda, RF, Nordenberg, D., Williamson, DF, Spitz, AM, Edwards, V., ... Marks, JS (1998). Relação de abuso infantil e família disfunção para muitas das principais causas de morte em adultos. O Estudo de Experiências Adversas na Infância (ACE).American Journal of Preventive Medicine, 14(4), 245-258
14. Finkelhor, D., Ormrod, RK, & Turner, HA (2007). Polivitimização e trauma em uma coorte longitudinal nacional.Desenvolvimento e Psicopatologia, 19(01),https:// doi.org/10.1017/S0954579407070083.
15. MacKenzie, MJ, Kotch, JB, & Lee, L.-C. (2011). Rumo a um modelo de risco ecológico cumulativo para a etiologia dos maus-tratos infantis.Serviços para crianças e jovens Revisão, 33(9), 1638-1647.https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2011.04.018.
16. Masten, AS, & Wright, MO (1998). Modelos cumulativos de risco e proteção de maus-tratos infantis.Jornal de agressão, maus-tratos e trauma, 2(1), 7-30.https:// doi.org/10.1300/J146v02n01_02.
17. Dong, M., Anda, RF, Felitti, VJ, Dube, SR, Williamson, DF, Thompson, TJ, ... Giles, WH (2004). A inter-relação de múltiplas formas de abuso infantil, negligência e disfunção doméstica.Abuso e Negligência Infantil, 28(7),
771-784.https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2004.01.008. Enders, CK
18. Charmandari E,KinoT, Souvatzoglou E,Chrousos GP.Estresse pediátrico: mediadores hormonais e desenvolvimento humano.Horm Res. 2003;59(4):161-79
19. Flinn MV.Evolução e ontogenia da resposta ao estresse aos desafios sociais na criança humana.Developmental Review.Vol 26(2) Jun 2006, 138-174.
20. Bandura, A. (1973). Agressão: Uma análise de aprendizagem social.Oxford, Inglaterra: Prentice-Hall. Bandura, A. (1978). Teoria da aprendizagem social da agressão.O Jornal de Comunicação, 28(3), 12-29.
21. Dodge, KA, Bates, JE, & Pettit, GS (1990). Mecanismos no ciclo de violência.Ciência, 250(4988), 1678-1683.https://doi.org/10.1126/science.2270481.
22. De Bellis, M. D. et al. Brain structures in pediatric maltreatment-related posttraumatic stress disorder: a sociodemographically matched study. Biol. Psychiatry 52, 1066–1078 (200
23. De Bellis, M. D. et al. Developmental traumatology part II: brain development. Biol. Psychiatry 45, 1271–1284 (1999).
24. Teicher, M. H. et al. Childhood neglect is associated with reduced corpus callosum area. Biol. Psychiatry 56, 80–85 (2004).
25. Andersen, S. L. et al. Preliminary evidence for sensitive periods in the effect of childhood sexual abuse on regional brain development. J. Neuropsychiatry Clin. Neurosci. 20, 292–301 (2008).
26. Teicher, M. H., Samson, J. A., Sheu, Y. S., Polcari, A. & McGreenery, C. E. Hurtful words: association of exposure to peer verbal abuse with elevated psychiatric symptom scores and corpus callosum abnormalities. Am. J. Psychiatry 167, 1464–1471 (2010)
27. Teicher, M. H. et al. Preliminary evidence for abnormal cortical development in physically and sexually abused children using EEG coherence and MRI. Ann. NY Acad. Sci. 821, 160–175 (1997)
28. De Bellis, M. D. & Keshavan, M. S. Sex differences in brain maturation in maltreatment-related pediatric posttraumatic stress disorder. Neurosci. Biobehav. Rev. 27, 103–117 (2003)
29. Juraska, J. M. & Kopcik, J. R. Sex and environmental influences on the size and ultrastructure of the rat corpus callosum. Brain Res. 450, 1–8 (1988).
30. Teicher, M. H. Wounds that time won’t heal: the neurobiology of child abuse. Cerebrum 4, 50–67 (2000).
31. Kaplow JB,WidomCS.A idade de início dos maus-tratos infantis prediz resultados de saúde mental a longo prazo. J Anorm Psychol 2007;116(1):176-187.
32. Sapolsky, R. M. Stress, glucocorticoids, and damage to the nervous system: the current state of confusion. Stress 1, 1–19 (1996).
33. Andersen, S. L. & Teicher, M. H. Delayed effects of early stress on hippocampal development. Neuropsychopharmacology 29, 1988–1993 (2004).
34. Noble KG, Tottenham N, Casey BJ. Perspectivas da neurociência sobre disparidades na prontidão escolar e desempenho cognitivo.Future Child. Primavera de 2005;15(1):71-89.
35. Teicher MH, Andersen SL, Polcari A, Anderson CM, Navalta CP, Kim DM. As consequências neurobiológicas do estresse precoce e maus-tratos na infância.Neurosci Biobehav Rev 2003;27(1-2):33-44.
36. Naude H, du Preez CS, Pretorius E. O impacto do abuso infantil como estressor ambiental traumático na plasticidade da inteligência. CARSA 2003;4(2):10-26.
37. Chugani, H. T. et al. Local brain functional activity following early deprivation: a study of postinstitutionalized Romanian orphans. Neuroimage 14, 1290–1301 (2001).
38. Sheu, Y. S., Polcari, A., Anderson, C. M. & Teicher, M. H. Harsh corporal punishment is associated with increased T2 relaxation time in dopamine-rich regions. Neuroimage 53, 412–419 (2010).
39. Dannlowski, U. et al. Limbic scars: long-term consequences of childhood maltreatment revealed by functional and structural magnetic resonance imaging. Biol. Psychiatry 71, 286–293 (2012)
40. Edmiston, E. E. et al. Corticostriatal-limbic gray matter morphology in adolescents with
self-reported exposure to childhood maltreatment. Arch. Pediatr. Adolesc. Med. 165, 1069–1077 (2011)
41. Baker, L. M. et al. Impact of early versus late childhood early life stress on brain morphometrics. Brain Imag. Behav. 7, 196–203 (2013).
42. Cohen, R. A. et al. Early life stress and morphometry of the adult anterior cingulate cortex and caudate nuclei. Biol. Psychiatry 59, 975–982 (2006).
43. Thomaes, K. et al. Reduced anterior cingulate and orbitofrontal volumes in child abuse-related complex PTSD. J. Clin. Psychiatry 71, 1636–1644 (2010).
44. Teicher, M. H., Anderson, C. M., Ohashi, K. & Polcari, A. Childhood maltreatment: altered network centrality of cingulate, precuneus, temporal pole and insula. Biol. Psychiatry 76, 297–305 (2014).
45. van der Werff, S. J. et al. Resting-state functional connectivity in adults with childhood emotional maltreatment. Psychol. Med. 43, 1825–1836 (2013).
46. Hanson, J. L. et al. Early stress is associated with alterations in the orbitofrontal cortex: a tensorbased morphometry investigation of brain structure and behavioral risk. J. Neurosci. 30, 7466–7472 (2010).
47. Gerritsen, L. et al. BDNF Val66Met genotype modulates the effect of childhood adversity on subgenual anterior cingulate cortex volume in healthy subjects. Mol. Psychiatry 17, 597–603 (2012).
48. Haber, S. N. & Knutson, B. The reward circuit: linking primate anatomy and human imaging. Neuropsychopharmacology 35, 4–26 (2010).
49. Takiguchi, S. et al. Ventral striatum dysfunction in children and adolescents with reactive attachment disorder: a functional MRI Study. BJPsych Open 1, 121–128 (2015)
50. Hanson, J. L., Hariri, A. R. & Williamson, D. E. Blunted ventral striatum development in adolescence reflects emotional neglect and predicts depressive symptoms. Biol. Psychiatry 78, 598–605 (2015).
51.Takiguchi, S. et al. Ventral striatum dysfunction in children and adolescents with reactive attachment disorder: a functional MRI Study. BJPsych Open 1, 121–128 (2015).Mehta, M. A. et al. Hyporesponsive reward anticipation in the basal ganglia following severe institutional deprivation early in life. J. Cogn. Neurosci. 22, 2316–2325 (2010).
52.Boecker, R. et al. Impact of early life adversity on reward processing in young adults: EEG-fMRI results from a prospective study over 25 years. PLoS ONE 9, e104185 (2014).
53. Hanson, J. L. et al. Cumulative stress in childhood is associated with blunted reward-related brain activity in adulthood. Soc. Cogn. Affect. Neurosci. 11, 405–412 (2015).
54. Dillon, D. G. et al. Childhood adversity is associated with left basal ganglia dysfunction during reward anticipation in adulthood. Biol. Psychiatry 66, 206–213 (2009)
55. Sirianni JP. Estresse Psicológico e Processamento da Linguagem em Crianças em Idade Escolar. Revista de Fonoaudiologia e Fonoaudiologia. Vol 28(3) Outono de 2004, 112-121
56. Bremner JD,VythilingamM,Vermetten E,Adil J,Khan S,Nazeer A,Afzal N.Cortisol resposta a um desafio de estresse cognitivo no transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) relacionado ao abuso infantil. Psiconeuroendocrinologia.2003Aug;28(6):733-50.
57. Susman EJ.Psicobiologia do comportamento antissocial persistente: Estresse, vulnerabilidades precoces e a hipótese de atenuação.Neurosci Biobehav Rev 2006:30(3):276-389
58. Sapolsky RM, Krey LC, McEwen BS. A neuroendocrinologia do estresse e do envelhecimento: A hipótese da cascata de glicocorticóides. Endocr Rev 1986;7:284-301
59. Blair C. Quão semelhantes são a cognição fluida e a inteligência geral? Uma perspectiva da neurociência do desenvolvimento na cognição fluida como um aspecto da capacidade cognitiva humana.Behav Brain Sci 2006:29(2):109-160.
60. Heide KM, Solomon EP.Biologia, trauma de infância e assassinato: Repensando a justiça. Int J Law Psych 2006:29(3);220-233
61. van den Heuvel, M. P. & Hulshoff Pol, H. E. Exploring the brain network: a review on resting-state fMRI functional connectivity. Eur. Neuropsychopharmacol. 20, 519–534 (2010).
62. Stevens, F. L., Hurley, R. A. & Taber, K. H. Anterior cingulate cortex: unique role in cognition and emotion. J. Neuropsychiatry Clin. Neurosci. 23, 121–125 (2011).
63. Ross, L. A. & Olson, I. R. Social cognition and the anterior temporal lobes. Neuroimage 49, 3452–3462 (2010).
64. Amodio, D. M. & Frith, C. D. Meeting of minds: the medial frontal cortex and social cognition. Nat. Rev. Neurosci. 7, 268–277 (2006).
65. Cavanna, A. E. & Trimble, M. R. The precuneus: a review of its functional anatomy and behavioural correlates. Brain 129, 564–583 (2006).
66. Craig, A. D. How do you feel — now? The anterior insula and human awareness. Nat. Rev. Neurosci. 10, 59–70 (2009)
67. Tomoda, A. et al. Exposure to parental verbal abuse is associated with increased gray matter volume in superior temporal gyrus. Neuroimage 54, S280–S286 (2011).
68. Choi, J., Jeong, B., Rohan, M. L., Polcari, A. M. & Teicher, M. H. Preliminary evidence for white matter tract abnormalities in young adults exposed to parental verbal abuse. Biol. Psychiatry 65, 227–234 (2009).
69. Bogdan, R., Williamson, D. E. & Hariri, A. R. Mineralocorticoid receptor Iso/Val (rs5522) genotype moderates the association between previous childhood emotional neglect and amygdala reactivity. Am. J. Psychiatry 169, 515–522 (2012).
70. Tomoda, A., Polcari, A., Anderson, C. M. & Teicher, M. H. Reduced visual cortex gray matter volume and thickness in young adults who witnessed domestic violence during childhood. PLoS ONE 7, e52528 (2012).
71. Choi, J., Jeong, B., Polcari, A., Rohan, M. L. & Teicher, M. H. Reduced fractional anisotropy in the visual limbic pathway of young adults witnessing domestic violence in childhood. Neuroimage 59, 1071–1079 (2012)
72. Tomoda, A., Navalta, C. P., Polcari, A., Sadato, N. & Teicher, M. H. Childhood sexual abuse is associated with reduced gray matter volume in visual cortex of young women. Biol. Psychiatry 66, 642–648 (2009).
73. Heim, C. M., Mayberg, H. S., Mletzko, T., Nemeroff, C. B. & Pruessner, J. C. Decreased cortical representation of genital somatosensory field after childhood sexual abuse. Am. J. Psychiatry 170, 616–623 (2013)
74. Dube, S. R., Felitti, V. J., Dong, M., Giles, W. H. & Anda, R. F. The impact of adverse childhood experiences on health problems: evidence from four birth cohorts dating back to 1900. Prev. Med. 37, 268–277 (2003).
75. Dube, S. R. et al. Childhood abuse, neglect, and household dysfunction and the risk of illicit drug use: the adverse childhood experiences study. Pediatrics 111, 564–572 (2003).
76. Anda, R. F. et al. Adverse childhood experiences and prescribed psychotropic medications in adults. Am. J. Prev. Med. 32, 389–394 (2007).
77. Brown, D. W. et al. Adverse childhood experiences and the risk of premature mortality. Am. J. Prev. Med. 37, 389–396 (2009)
78. Price, L. H., Kao, H. T., Burgers, D. E., Carpenter, L. L. & Tyrka, A. R. Telomeres and early-life stress: an overview. Biol. Psychiatry 73, 15–23 (2013).
79. Pagliaccio, D. et al. Stress-system genes and life stress predict cortisol levels and amygdala and hippocampal volumes in children. Neuropsychopharmacology 39, 1245–1253 (2014).
80. Walsh, N. D. et al. General and specific effects of early-life psychosocial adversities on adolescent grey matter volume. Neuroimage Clin. 4, 308–318 (2014)
81. White, M. G. et al. FKBP5 and emotional neglect interact to predict individual differences in amygdala reactivity. Genes Brain Behav. 11, 869–878 (2012).
82. Hyman, S. E. How adversity gets under the skin. Nat. Neurosci. 12, 241–243 (2009)
83. Perroud, N. et al. Methylation of serotonin receptor 3A in ADHD, borderline personality, and bipolar disorders: link with severity of the disorders and childhood maltreatment. Depress. Anxiety 33, 45–55 (2016)
Área
A violência no ambiente familiar e no ambiente social a visão da Medicina Legal e Perícia Médica
Autores
ANTONIO FRABETTI NETO, CARMEM GALEGO MIZIARA, VICTOR GARCIA COVOLO, GABRIEL CORREA MEDEIROS, GIULIANA SOARES PATRICIO, EDUARDO FELIPE KONIZ