Dados do Trabalho

Título

DESENVOLVIMENTO DE MAPAS DA DISTRIBUIÇÃO SOLAR EM SANTA CATARINA A PARTIR DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS DE SUPERFÍCIE

Palavras Chave

A energia proveniente do Sol pode ser considerada uma fonte energética praticamente inesgotável, podendo ser
aproveitada pela sociedade com objetivo de suprir as necessidades e demandas energéticas. Desde o início do processo
evolutivo das civilizações, o modo como a energia era apropriada através de atividades da pecuária e agricultura sempre
teve o aproveitamento do Sol para controlar a fotossíntese e a cadeia alimentar. (Sauer, I. L; Amado, N. B; Mercedes,
S.S, 2011)

Em algumas regiões específicas do Brasil como o Norte e Nordeste, altos índices de radiação solar podem ser encontrados devido a sua zona tropical, região com médias anuais de temperaturas elevadas. O Estado de Santa Catarina também apresenta um ótimo índice de radiação solar, fazendo com que o aproveitamento solar na região possa ser muito utilizado. O mapeamento dessas regiões pode ser encontrado em estudos e desenvolvimentos de mapas de radiação, como a 1ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar (Pereira, E. B; Martins, F. R; de Abreu, S. L; Ruther, R, 2006) e a 2ª edição do mesmo, lançada alguns anos depois (Pereira, E. B; Martins, F. R; de Abreu, S. L; Ruther, R, 2017). Mapas regionais também foram desenvolvidos, como é o caso do Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná (Tiepolo, G. M; Pereira, E. B, 9) e o Atlas Solar do Rio Grande do Sul (Moehlecke, A; Krenzinger, A; Rossini, E. G, 2021).
A civilização humana juntamente com o ecossistema terrestre está vivendo um processo de colapso, sendo que um dos indícios para essa situação atual é a crise climática. Com o passar dos anos, as tecnologias foram tomando conta, porém, níveis altíssimos de CO2, CH4 e outros gases de efeito estufa foram se tornando comuns ao nosso mundo. (Gore, 2010)
O recurso solar é influenciado por alguns fatores, como por exemplo, a latitude, o período do dia ou ano, as condições climáticas e meteorológicas de determinada região. Esse último fator, está diretamente relacionado com a presença de nebulosidade, considerada um dos parâmetros com maior relevância em se tratando de fluxos de entrada e saída da radiação solar na atmosfera terrestre. Nessa mesma linha, as moléculas de ar e partículas que estão suspensas juntamente com as nuvens, difundem a radiação, espalhando para todas as direções. (Hinrichs, R. A., Kleinbach, M., Reis, L. B., 2014)
O desenvolvimento deste trabalho, contou com o apoio e disponibilidade dos dados de radiação solar do estado de Santa Catarina pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), com informações sobre as 24 estações meteorológicas automáticas inseridas no estado. Os mapas apresentam a distribuição espacial e temporal da radiação solar no plano horizontal. O período de obtenção de dados das médias diárias anuais, mensais e sazonais foi de 5 anos: 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019. Para a elaboração dos mapas de radiação solar, foi utilizado o programa QGIS, contendo um Sistema de Informação Geográfica (SIG) com código abeto, licenciado com a Licença Pública Geral GNU. Impulsionado por voluntários, o QGIS é um projeto final da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo).