Dados do Trabalho

Título

CARACTERIZAÇAO BIOMETRICA DE LARANJAS COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES E SUPERMERCADOS DE SAO LUIS - MA

Introdução

O Brasil é um importante produtor de alimentos, tendo uma produção de aproximadamente 41,5 milhões de toneladas por ano, o país está em terceiro lugar na lista dos maiores produtores mundiais de frutas, sendo precedido pela China e Índia que ocupam respectivamente a primeira e segunda colocação (RODRIGUES, 2015, SILVA et al., 2013). Dentre os frutos produzidos, a laranja (Citrus sinensis L.) ocupa posição destaque, sendo o Brasil o maior produtor mundial dessa fruta (RISSATO et al., 2021). A qualidade biométrica dos frutos cítricos é de grande importância para a melhora da sua comercialização, tanto para o processamento industrial quanto para o consumo in natura, e as características internas e externas dos frutos devem ser consideradas, visando uma melhor aparência e uma melhor qualidade sensorial (MULTARI, 2020). Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar análises biométricas em frutos de laranja pera comercializados em diferentes supermercados e feiras livres da cidade de São Luís – MA.

Resumo

A laranja (Citrus sinensis L.) é uma das frutas mais consumidas no Brasil, a qualidade dos frutos cítricos é de grande importância para a melhora da sua comercialização. O objetivo desse trabalho foi realizar análises biométricas em frutos de laranja pêra comercializados em diferentes supermercados e feiras livres de São Luís – MA.O experimento foi conduzido no laboratório de Fitotecnia e Pós-Colheita da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. O delineamento usado foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos, T1: Feira Cidade operária, T2: Feira João Paulo, T3: Feira Cohab, T4: Supermercado Mateus, T5: Supermercado Assaí, T6: Supermercado Universo. Para cada tratamento foram obtidos 12 frutos, os quais foram avaliados individualmente quanto a Massa total, Diâmetro transversal, Diâmentro longitudinal, Espessuara do albêdo, Número de alvéolos, Massa da semente (g), Número de sementes e o Resíduo. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de média Scott Knott com nível de 5% de probabilidade para as variáveis que apresentaram diferenças significativas. As análises das variavés biométricas do fruto da laranja houve uma diferença estatística (p-valor < 0,05) entre os tratamentos. Os frutos oriundos da feira do João Paulo - T6, apresentaram maior massa total aos demais tratamentos. O resíduo de casca teve variação significativa entre os tratamentos, em que os frutos do T1 apresentaram 20% menos resíduos que o T6. Os frutos comercializados nos diferentes bairros da cidade tiveram bons atributos físicos, o que indica que os compradores estão consumindo produtos que agradam seus olhares e possivelmente seus paladares.

Objetivos

Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar análises biométricas em
frutos da laranja comercializados em diferentes supermercados e feiras livres de São Luís – MA

Material e Método

O experimento foi conduzido no laboratório de Fitotecnia e Pós-Colheita da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA. Foram adquiridos frutos de laranja pera de supermercados e feiras livres na cidade de São Luís - MA. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado - DIC, com seis tratamentos, T1: Frutos da feira Cidade Operária, T2: Frutos da feira do João Paulo, T3: Frutos da feira Cohab, T4: Frutos do supermercado Mateus, T5: Frutos do supermercado Assaí, T6: Frutos do supermercado Universo. Para cada tratamento foram obtidos 12 frutos, os quais foram avaliados individualmente quanto a Massa total (g), Diâmetro transversal (mm), Diâmentro longitudinal (mm), Espessuara do albêdo (mm), Número de alvéolos, Massa da semente (g), Número de sementes e o Resíduo. Para tais análises foram utilizados um paquímetro digital, régua milimétrica e balança eletrônica.Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e teste de média Scott Knott com nível de 5% de probabilidade para as variáveis que apresentaram diferenças significativas. Para a execução das análises estatísticas foi utilizado o programa InfoStat (BALZARINI et al., 2012).

Resultados e discussão

As análises das variavés biométricas do fruto da laranja diferiram estatisticamente entre os tratamentos (Tabela 1). Os frutos oriundos da feira do João Paulo – T1 e do supermercado Universo – T6, apresentaram maiores massa quando comparados aos demais tratamentos. Os frutos de casca ‘grossa’ e tamanho grande, podem ser pouco atrativos ao consumo in natura, no entanto devido à maior massa e rendimento de suco, apresentam enorme potencial para a industrialização, seja na forma de suco concentrado congelado, minimamente processado ou beneficiado na forma de doces ou compotas, por exemplo (SOMBRA et al., 2018).
Para as variáveis número de sementes e número de alvéolos, não houve uma variação significativa entre os tratamentos, o que significa que os frutos comercializados nos diferentes bairros apresentam essas características semelhantes. A espessura do albédo no frutos do T5, foram apenas 2% maiores que a do T6, o que não interfere muito no produto, vale resaltar que o albédo é a parte que mais tem pectina na laranja, o que auxilia na digestão e contribui com muitos benéficios na saúde, por exemplo servindo como um laxante natural.
Em relação a massa e número de sementes o T4 apresentou uma variação baixa em relação aos outros tratamentos, o mesmo não variou significativamente do T5. Para consumo in natura, os frutos cítricos precisam preencher certos requisitos de qualidade, principalmente no que se refere ao baixo número ou ausência de sementes (LATADO et al., 2001; PIO, 1993). Para o processamento industrial, a quantidade de sementes no fruto desejável pode variar de zero a oito (DONADIO, 1999). Os resuldados referente às sementes em todos os tratamentos são aceitáveis para processamento.
O resíduo de casca teve variação significativa entre os tratamentos, em que os frutos do T1 apresentaram 20% menos resíduos que o T6, no caso de ser consumido de forma inatura não apresenta problemas, mas no caso da industrial pode ser que esses resíduos seja bem aproveitados pois a extração do suco de laranja, cerca de 50% da fruta corresponde ao resíduo industrial sólido, o bagaço, exibindo grande perda da matéria-prima que transcorre do processo industrial. Esse co-produto é um material lignocelulósico rico em vitaminas, fibras, pectina, extrativos, materiais inorgânicos, carboidratos e lignina (CYPRIANO et al., 2017; MARTINI, 2009). A partir dele podem-se obter componentes comerciais importantes, como a pectina, vitamina C, óleos essenciais, hesperidina, celulose e ácidos orgânicos, sendo alternativas atrativas como matéria-prima para as indústrias alimentícias, farmacêutica e química, além de minimizar os impactos ambientais (CYPRIANO et al., 2017).

Conclusões/Considerações Finais

De forma geral, os supermercados e feiras proporcionaram frutos com bons atributos biométricos, apesar de ter havido diferenças entre eles, com isso é possível incentivar a compra dos frutos de laranja independente do estabelecimento.

Referências Bibliográficas

BALZARINI, M., DI RIENZO, J., TABLADA, M., GONZALEZ, L., BRUNO, C., CÓRDOBA, M., &
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USDA. United States Departament of Agriculture. Produção de Safra. Disponível em:
https://www.usda.gov/topics/farming/crop-production: Acesso em: 14 ago.2021.

Palavras Chave

Biometria, Citrus sinensis, Consumo, Qualidade de frutos

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Área

Grupo I: Produção Agrícola (Vegetal)