IX Congresso Catarinense de Obstetrícia e Ginecologia, IV Congresso Catarinense de Perinatologia

Dados do Trabalho


Título

A HUMANIZAÇAO NO PARTO E NASCIMENTO: EXPERIENCIAS E RELATOS DE PUERPERAS E ENFERMEIRAS OBSTETRICAS DE UMA MATERNIDADE DE SANTA CATARINA

Introdução

A cada ano acontecem no Brasil cerca de 3 milhões de nascimentos. Isso significa que o nascimento influencia diretamente a população brasileira, considerando as famílias e o seu meio social. A experiência vivida pela mulher no parto ficará indelevelmente marcada em sua memória e, por isso, os envolvidos nesse evento devem lhe proporcionar assistência conforme o recomendado – segura e humanizada. Este estudo teve como objetivo analisar as experiências e relatos de puérperas e enfermeiras obstétricas de uma maternidade de Santa Catarina sobre a humanização no trabalho de parto e nascimento. Como objetivos específicos buscou-se conhecer as vivências e a satisfação de mulheres no puerpério imediato em relação ao seu parto e destacar as experiências de trabalho das enfermeiras obstétricas em relação a assistência humanizada no atendimento.

Métodos

Em termos metodológicos, empregou-se a Pesquisa Convergente Assistencial de abordagem qualitativa. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista. Na seara ética a pesquisa teve aprovação pelo respectivo comitê. Os sujeitos foram 12 puérperas, sendo os critérios de inclusão a multiparidade e idade acima de 18 anos. Também foram sujeitos da pesquisa 10 enfermeiras obstétricas que atuam na sala de parto da referida maternidade. Os depoimentos obtidos foram analisados de acordo com a análise temática, surgiram desta etapa duas categorias: a assistência humanizada e o reflexo da atuação das enfermeiras obstétricas com base nas evidências científicas.

Resultados

Os resultados mostram que a assistência baseada em evidências científicas é fundamental no cenário obstétrico. Obteve-se por meio dos depoimentos das puérperas os seguintes apontamentos: o júbilo destas em serem protagonistas durante todo o trabalho de parto; a satisfação com a assistência recebida; o respeito pela fisiologia do parto; e, a redução significativa no uso de intervenções desnecessárias. Observou-se, ainda, nos depoimentos a positiva e eficiente autonomia das enfermeiras obstétricas na assistência ao parto.

Conclusões

Concluiu-se que o modelo de atenção ao parto nas maternidades é possível de ser modificado por intermédio da assistência baseada em evidências científicas e do fortalecimento das enfermeiras obstétricas e obstetrizes como atores importantes no processo assistencial, com consequente redução das intervenções, principalmente da cesariana.

Área

Ginecologia e Obstetrícia

Autores

Dayanne Teresinha Granetto Cardoso Floriani, Miriane Pereira Drews