IX Congresso Catarinense de Obstetrícia e Ginecologia, IV Congresso Catarinense de Perinatologia

Dados do Trabalho


Título

A PRATICA DA EPISIOTOMIA: UM ESTUDO BIBLIOGRAFICO SOBRE AS RECOMENDAÇOES E CONSEQUENCIAS DESTE PROCEDIMENTO

Introdução

A gravidez é considerada para a mulher um dos momentos mais importantes da sua vida. Nesta etapa além das alegrias, surgem dúvidas e dramas sobre transformações no organismo e principalmente no que se refere ao tipo de parto. E, entre os tantos procedimentos que a mulher é submetida durante o parto normal, a episiotomia é um dos mais comuns, ocorrendo muitas vezes sem o consentimento da mulher - prática considerada inapropriada. Justifica-se a escolha da presente temática por acreditar ser importante discutir como o procedimento de episiotomia está sendo realizado nas salas de partos dos nossos hospitais.

Métodos

O presente estudo foi realizado a partir do levantamento bibliográfico da produção científica sobre as recomendações da episiotomia. A busca dos dados ocorreu pela pesquisa eletrônica e bibliográfica que abordam a temática.

Resultados

Tem-se que o nascimento em ambiente hospitalar pode ser caracterizado pela adoção de várias tecnologias e procedimentos com o objetivo de torná-lo mais seguro para a mulher e seu bebê. Porém, entre as intervenções em que as mulheres são submetidas durante esse processo, a episiotomia é uma das mais recorrentes, geralmente desnecessária, e muitas vezes pode ser evitada. Suas indicações são reservadas para situações específicas e restritas, não podendo ultrapassar 10% dos partos normais. Neste contexto uma das decorrências da mecanização do parto foi a recomendação do uso rotineiro da episiotomia, acreditando-se que seria um procedimento benéfico. Porém, a partir de vários estudos, a eficácia desse procedimento vem sendo questionada, e ao contrário do que se pensava, em muitos casos pode ser prejudicial à paciente.

Conclusões

Conclui-se que o alto número de episiotomias realizadas também se dá pela falta de programas complementares que auxiliem a gestante durante o pré-natal; observando, então, a necessidade de mudanças no atendimento integral das parturientes, sempre no sentido de atendimento mais humanizado, e, por consequência, mais próximo da mulher nessa importante fase da vida.

Área

Ginecologia e Obstetrícia

Autores

Miriane Pereira Drews, Carina Martins Acosta, Dayane Terezinha Granetto Cardoso Floriani