IX Congresso Catarinense de Obstetrícia e Ginecologia, IV Congresso Catarinense de Perinatologia

Dados do Trabalho


Título

NUMERO DE NASCIDOS VIVOS E CLASSIFICAÇAO DE ROBSON EM SANTA CATARINA

Introdução

A realização de cesarianas vem aumentando progressivamente. Em 2014, a média global de 150 países foi de 18.6%. O Brasil encontrava-se na segunda colocação com mais cesárias (55.6%).
Dentre as classificações que identificam os grupos de mulheres submetidas à cesária, a classificação de Robson é de fácil compreensão, reprodutível e com grupos mutualmente exclusivos.
No Brasil, os dados sobre os partos são registrados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Em 2014, foi incluída a classificação de Robson no Sinasc.
O objetivo deste estudo é mostrar o número de nascidos vivos classificados segundo Robson e sua distribuição nos grupos propostos.

Métodos

Foi realizado um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, baseado em dados secundários. A população de estudo são os casos de nascidos vivos, descritos no Sinasc de 2014 a 2016. Os dados foram coletados do DATASUS/Ministério da Saúde. Foi analisada a variável “Classificação de Robson”.

Resultados

Nos 3 anos estudados, foram registrados 285.768 nascidos vivos em Santa Catarina. A taxa de cesariana no estado foi de 58,77%.
Os dados sobre os grupos de Robson e/ou via de parto foram ignorados para 3944 sujeitos (1,38% da amostra).
As nulíparas com feto único cefálico a termo que iniciaram trabalho de parto espontâneo (grupo 1) representaram 13,98% da amostra, enquanto 21,27% tiveram o trabalho de parto induzido ou cesárea eletiva (grupo 2) e 1,86% eram fetos pélvicos (grupo 6), totalizando 37,11%.
Dentre as multíparas que não tinham cesárea, 14,29% entraram em trabalho de parto espontâneo (grupo 3), 11,59% tiveram o parto induzido ou cesárea eletiva (grupo 4) e 1,99% eram fetos pélvicos (grupo 7).
Os filhos de mulheres com cesárea ou cesáreas anteriores corresponderam a 22,47% (grupo 5).
Nos grupos que não são classificados pela paridade materna, 2,09% foram gemelares (grupo 8), 0,32% foram fetos transversos ou oblíquos (grupo 9) e 8,74% foram prematuros cefálicos (grupo 10).

Conclusões

É possível estudar a classificação de Robson pelos dados do SINASC em Santa Catarina. A maioria dos nascidos vivos são filhos de nulíparas. O número de mulheres com cesárea anterior está próximo de número de mulheres sem cicatriz uterina.

Área

Ginecologia e Obstetrícia

Autores

Juliana Gieburowski , Adriana Toledo Gieburowski, Margel Pivetta Cantarelli, Eimi Nascimento Pacheco, Margot Marie Martins, Alessandra Portella Martins, Mariana Mariko Nakasono Molim, Roxana Knobel