Dados do Trabalho
Título
DIAGNOSTICO E MANEJO DA VASA PREVIA
Introdução
Condição em que os vasos fetais perpassam através das membranas e estão localizados entre o orifício cervical interno e a apresentação fetal, a vasa prévia representa um risco importante à saúde fetal, pois a ruptura das membranas frequentemente é acompanhada da ruptura de um dos vasos, o que causa exsanguinação. A vasa prévia é classificada como I quando os vasos estão conectados com o cordão umbilical velamentoso e como II quando conecta a placenta com lobo succenturiato.
Métodos
O presente artigo foi elaborado a partir de uma revisão narrativa de literatura. Como base, foram utilizados artigos de revisão e publicações contidas nas bases de dados bibliográficos no PubMed e Royal College of Obstetricians and Gynaeclogists (RCOG) Green-top Guidelines.
Resultados
O diagnóstico da vasa prévia pode ser feito pré-parto com o uso de amnioscopia, ultrassonografia com doppler colorido e por meio da palpação dos vasos fetais durante o exame vaginal. Como exame diagnóstico, a ultrassonografia possui alta acurácia com baixa taxa de falso positivo (Nível de evidência B).
Diante do alto risco de mortalidade ao qual o feto está exposto e à velocidade da exsanguinação em caso de ruptura dos vasos, o parto por via alta não deve ser postergado na tentativa de confirmação do diagnóstico, especialmente se a vitalidade fetal estiver em situação não tranquilizadora. Em casos de confirmação de vasa prévia no terceiro trimestre da gestação, deve-se proceder com a cesárea eletiva, não permitindo o início do trabalho de parto.
É importante destacar que a decisão de internação profilática da paciente com 30-32 semanas de gestação com diagnóstico de vasa prévia deve ser individualizada, levando-se em conta a presença ou não de gestação múltipla, sangramento anteparto e possibilidade de parto prematuro. Recomenda-se o uso de corticoide visando a maturação pulmonar fetal a partir das 32 semanas.
Conclusões
Conclui-se que o diagnóstico da vasa prévia pode ser realizado pré-parto, mas em situações me que isso não foi possível e há ruptura dos vasos, não se deve postergar o parto, uma vez que apresenta alto risco de mortalidade fetal.
Área
Ginecologia e Obstetrícia
Autores
Wanessa Klock Thiesen, Sthéfani Klock Thiesen