Dados do Trabalho

Título

DESFECHOS MATERNO-FETAIS DE GESTANTES COM E SEM DIABETES GESTACIONAL (DMG).

Introdução

Comparar os desfechos materno-fetais de gestantes com e sem diabetes gestacional (DMG).

Métodos

Foi realizado um estudo tipo caso-controle. O grupo de estudo foi composto por gestantes com diagnóstico de DMG e início de tratamento entre 13 e 33 semanas de gestação atendidas no período de abril de 2011 a fevereiro de 2016, comparado a um grupo de estudo de gestantes sem DMG atendidas no período de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. Os desfechos primários avaliados foram presença de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), via de parto, presença de recém-nascido (RN) pequeno (PIG) e grande (GIG) para a idade gestacional, necessidade de tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI) e óbito fetal. A análise estatística foi realizada através do cálculo de regressão logística multinomial, com nível de significância de 95% ajustado para fatores de confusão.

Resultados

Foram avaliadas 663 gestantes portadoras de DMG e 1409 gestantes sem DMG. O diagnóstico e o tratamento da DMG não alteraram a incidência de DHEG, óbito fetal, apgar baixo no 1º e 5º minutos e necessidade de UTI para o RN. A chance de prematuridade (0,629 IC95% 0,410-0,966) e a presença de RN PIG (0,345 IC95% 0,200-0,596) diminuíram. Houve aumento da chance de nascimento por cesariana (2,343 IC95% 1,914-2,869) e de RN GIG (1,969 IC95% 1,397-2,773).

Conclusões

É evidente que o diagnóstico e o tratamento de DMG apresentam impacto positivo na redução da chance de prematuridade e da presença de RN PIG embora tenha sido notado um aumento da chance de nascimento por cesariana e de RN GIG e invariância da incidência de DHEG, óbito fetal, apgar baixo no 1º e 5º minutos e necessidade de UTI para o RN.