Dados do Trabalho


Título do trabalho

IMPACTOS DA RIGIDEZ ARTICULAR POR FALTA DE MOBILIDADE NA APLICABILIDADE DE CONDUTAS FISIOTERAPEUTICAS EM PACIENTE COM ESPASTICIDADE: RELATO DE CASO

Introdução

A restrição de mobilidade por um período prolongado provoca alterações fisiológicas e biomecânicas, é nociva ao organismo ocasionando um conjunto de alterações como rigidez articular, hipotrofia generalizada e perca da capacidade funcional, diminuindo a independência do indivíduo. Essas restrições funcionais quando associadas com espasticidade interferem na conduta fisioterapêutica e são limitantes para a evolução clínica.

Objetivo

Apontar os impactos da rigidez articular por falta de mobilidade na aplicabilidade de determinadas condutas fisioterapêuticas.

Metologia

Paciente MSW, sexo feminino, 61 anos, hospitalizada 47 dias, 23 em UTI, em decorrência de meningioma encefálico, evoluindo com sequelas motoras. Deu entrada no Centro Especializado em Reabilitação, e em sua avaliação apresentou: hipotrofia generalizada, rigidez articular, plegia de MMII e redução de movimento ativo de MMSS, déficit de controle de tronco e cervical, hipertonia espástica em esqueleto apendicular. Foi realizada goniometria ativa em abdução e flexão de ombro bilateralmente ambas com amplitude de 0º.

Resultados

As condutas adotadas durante reabilitação se basearam em ganho de ADM, estímulos para controle de tronco e cervical, treino para sedestação/ortostase. A paciente evoluiu com melhora de controle de cervical, ganho de ADM ativa de MMSS (goniometria ombro: Flexão Direita 60º; Flexão Esquerda 85º; Abdução Direita 11º; Abdução Esquerda 80º). Os MMII permaneceram plégicos, a rigidez articular associada a espasticidade interferiram na aquisição de controle postural, principalmente em sedestação.

Discussão

A rigidez articular pela falta de mobilidade é uma complicação reversível, no entanto a deposição de tecido fibroso nas articulações gera perca funcional e dor. A manutenção da amplitude de movimento e ganho de força muscular são pontos que sustentam a melhora gradual do indivíduo. O processo para atingir esses objetivos é limitado às respostas do indivíduo aos estímulos oferecidos, dessa forma a rigidez articular associada à espasticidade pode interferir nestas respostas.

Conclusão

A rigidez articular foi fator limitante para a realização das condutas fisioterapêuticas, com a sua presença a paciente referiu dor incapacitante ao movimento passivo e ativo, prejudicando a continuidade de diversas propostas durante o processo de reabilitação. Além disso, o estímulo nociceptivo gerado, piorou a espasticidade, prejudicando ainda mais o ganho funcional.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Rigidez articular, mobilidade, fisioterapêutica, amplitude, movimento, conduta.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Categoria

Fisioterapia Neurofuncional

Instituições

UNIPLAC - Universidade do Planalto Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

ISABELLE FERREIRA, Bianca de Liz Stuani, Camila Nara Moraes