Dados do Trabalho


Título do trabalho

O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA PREVENÇAO DOS AGRAVOS DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E DO TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: UMA REVISAO NARRATIVA

Introdução

A trombose venosa profunda (TVP) é um agravo muito recorrente em pacientes que passam por uma internação prolongada. É descrita como a presença de um coágulo sanguíneo no sistema venoso profundo, podendo ser encontrado em todos as regiões corporais, porém com maior predomínio em membros inferiores. A sua formação decorre de um processo denominado tromboembolismo venoso (TEV), onde há um deslocamento do coágulo pelo vaso, que se desprende e adjunto da circulação sanguínea pode chegar até a região do hilo pulmonar, promovendo o chamado tromboembolismo pulmonar (TEP), patologia com grande potencial de mortalidade O fisioterapeuta como profissional responsável pela terapia através do movimento precisa estar ciente da fisiopatologia e implicações sistêmicas que esse quadro pode provocar, bem como atuar na prevenção da instalação e agravamento do TEP.

Objetivo

Identificar na literatura os principais achados em relação aos atributos do fisioterapeuta no atendimento de pacientes com quadro de Trombose Venosa Profunda e Tromboembolismo Pulmonar.

Metologia

Trata-se de uma revisão narrativa construída entre os meses de Junho a Setembro de 2022. Para buscas na literatura foram utilizadas as plataformas Pubmed, Scielo e PEDro. Foram incluídos estudos clínicos realizados em humanos e descritos nos idiomas português e inglês, publicados entre 2016 e 2022. Foram excluídos estudos com crianças, artigos sem conclusão, incompletos, dissertações e teses. As palavras chaves utilizadas foram: Embolia Pulmonar, Trombose Venosa e Serviço Hospitalar de Fisioterapia.

Resultados

Foram identificados 104 artigos e após passar por alguns critérios de seleção predefinidos pelos autores, apenas 5 artigos foram selecionados para a presente revisão.

Discussão

No tratamento da TVP e da TEP, a abordagem fisioterapêutica é uma parte essencial, trabalhando em conjunto com o uso de anticoagulantes. A fase aguda geralmente envolve o posicionamento do paciente em uma inclinação de Tredelemburg no leito para reduzir edemas e melhorar o retorno venoso. Após cerca de 24 horas do início dos anticoagulantes e com condições clínicas adequadas, é comum introduzir a posição ortostática seguida de treinos leves de marcha com meias compressivas, visando melhorar o retorno sanguíneo e a função muscular da panturrilha. Exercícios isométricos também são empregados para contrabalançear os efeitos negativos do imobilismo na estrutura musculoesquelética. Os exercícios cinesioterapêuticos têm benefícios significativos, incluindo aumento da força muscular, retorno mais rápido às atividades funcionais, redução do tempo de ventilação mecânica, menor período de internação e diminuição de complicações sistêmicas.

Conclusão

A revisão da literatura ressalta a importância crucial do fisioterapeuta na prevenção e tratamento da TVP e TEP. Contrariando a antiga crença de que pacientes com esse quadro não deveriam se movimentar, as evidências clínicas atuais enfatizam a valorização da mobilização precoce.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Embolia Pulmonar, Trombose Venosa e Serviço Hospitalar de Fisioterapia

Área

Revisão bibliográfica

Instituições

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

TARSON BRITO LANDOLFI, Lilian de Fátima Dornelas