Dados do Trabalho


Título do trabalho

EFEITOS DA ASSOCIAÇAO DO EXERCICIO MODERADO E ULTRASSOM PULSADO DE BAIXA INTENSIDADE NA CONSOLIDAÇASO DE FRATURA TIBIAL EM RATOS

Introdução

Atualmente estratégias terapêuticas que envolvam estresse mecânico adequado se tornam protagonistas para consolidação de fraturas. No entanto, desconhece-se evidências literárias da associação do uso do ultrassom pulsado de baixa intensidade e exercício moderado, embora sejam utilizados no dia a dia de profissionais Fisioterapeutas. Elucidar os fatores bioquímicos e biomecânicos das intervenções, seja isolado ou associados, se torna necessário.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos do tratamento com ultrassom pulsado de baixa intensidade associado ao exercício moderado.

Metologia

Grupos experimentais com “n” de 20 animais por grupo, sendo: G1 – Fratura Tibial (FT); G2 – FT + Ultrassom Pulsado (FT + US); G3 – FT + Exercício em solo (FT + ES); G4 – FT + ES + US. O modelo de fratura óssea foi realizado através de um procedimento cirúrgico de osteotomia transversal com fixação de fio de Kirschner. Após 72h os animais receberam intervenção terapêutica por 19 dias, realizados três vezes na semana (dias intercalados). Os grupos experimentais que receberam intervenção de ultrassom pulsado com pulsos de 10min de duração, frequência de 1,5MHz, intensidade de 0,4W/cm2 e área de radiação efetiva de 3cm2. O protocolo de exercício em solo teve duração de 30min/dia com progressão de velocidade cada semana, sendo 13m/min, 14m/min, 15m/min. As análises radiográficas foram feitas 1, 11 e 24 dias após indução cirúrgica. Os animais foram eutanasiados 72h após a última sessão do tratamento e a tíbia foi cirurgicamente removida para posteriores análises biomecânicas e bioquímicas.

Resultados

Nas análises radiográficas o grupo associado aumentou os escores radiográficos de cicatrização óssea quando comparados ao grupo FT. Nos níveis de citocinas anti-inflamatórias, IL-4 e IL-10, houve aumento significativo nos grupos que receberam intervenção de tratamento, assim como nos níveis do fator de crescimento TGF-b, que foram significativamente maiores no grupo das terapias associadas. Na análise biomecânica de carga máxima (N) e de deformação até a carga máxima (mm/mm) o grupo associado tolerou maior carga biomecânica e demonstrou melhor capacidade de deformação e propriedade elástica do tecido quando comparado ao grupo fratura tibial.

Discussão

O ultrassom pulsado de baixa intensidade e o exercício físico moderado regulam positivamente a diferenciação osteogênica, mineralização óssea, angiogênese e área de volume ósseo. Esses efeitos são exibidos devido à capacidade de mecanotransdução, ou seja, a conversão do estímulo mecânico em um sinal bioquímico.

Conclusão

A partir dos resultados é possível concluir que a associação do exercício de baixa intensidade e Ultrassom Pulsado de baixa intensidade contribuem para o processo de cicatrização óssea sobre parâmetros radiológicos, bioquímicos e biomecânicos.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Fraturas ósseas; consolidação óssea; ultrassom pulsado de baixa intensidade; exercício em solo.

Área

Estudo randomizado

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil, Universidade Federal de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

LIGIA MILANEZ VENTURINI, CAMILA DA COSTA, IGOR RAMOS LIMA, ALICE MACHADO CLEMENCIA, DANIELA PACHECO DOS SANTOS HAUPENTHAL , PAULO CESAR LOCK SILVEIRA, ALESSANDRO HAUPENTHAL