Dados do Trabalho

Título do trabalho

PREVALENCIA DOS RISCOS OCUPACIONAIS NA PRATICA EXTRATIVISTA DO AÇAI AMAZONICO: UMA REVISAO DA LITERATURA

Introdução

O Açaizeiro (Euterpe Olerácea), é uma espécie de palmeira típica do consuetudinário de toda região Amazônica, utilizado primordialmente, na alimentação das populações locais. A exploração do açaizeiro é considerada uma atividade sustentável e que transcorre de técnicas específicas de extrativismo. Embora o crescimento econômico do açaí tenha crescido exponencialmente, ainda pouco se discute a respeito dos possíveis comprometimentos à saúde desses trabalhadores nesse processo de extração.

Objetivo

Investigar a prevalência dos riscos ocupacionais na prática extrativista do açaí amazônico.

Metologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, mediante a base de dados online como Google Acadêmico, Scielo e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), com estudos publicados entre os anos 2001 a 2022. Adotou-se como critérios de inclusão os artigos que abordassem os riscos do extrativismo do açaí na Amazônia, dentro do recorte temporal estimado, em português. E de exclusão todos os trabalhos pagos e do tipo revisão com outros períodos de publicação e/ou idioma.

Resultados

Sendo assim, foram encontrados 150 artigos dos quais apenas 05 respeitaram os critérios acima. As pesquisas reportam que a prevalência dos riscos para lesões é causada principalmente por fatores físicos e biomecânicos, devido a adoção de posturas complexas e da carga de trabalho, seguida de riscos ambientais sendo 70% causados por picadas de animais peçonhentos, e 30% devido a outros acidentes como queda ou cortes com o instrumento de coleta decorrente ou não da ação de ventos e chuvas.

Discussão

A extração do açaí é considerada um serviço árduo e arriscado no qual não é empregado nenhum tipo de EPI, exceto o uso de um cinto de fibra vegetal, conhecido como peconha, utilizado para a escalada do estipe, expondo o trabalhador a riscos de ferimentos – como escoriação de membros, empalação e contusões -, fraturas em virtude de queda do desprendimento dos estipes, distensões musculares devido aos esforços físicos excessivos, alterações posturais e picadas de animais peçonhentos.

Conclusão

Conclui-se, portanto, que os trabalhadores que realizam a extrativismo do açaí estão submetidos a condições degradantes de trabalho, tanto na divisão do posto de trabalho indefinido quanto na sobrecarga de afazeres para o trabalhador. Na maioria dos casos, não são assegurados seus direitos mínimos de trabalho, estão expostos a ambientes com péssimas condições, com violação patente de saúde e de sua própria segurança individual com riscos graves a lesões, contusões ou fraturas.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Riscos Ocupacionais. Açaizeiro. Ergonomia.