Dados do Trabalho


Título do trabalho

A UTILIZAÇAO DA REALIDADE VIRTUAL NO FORTALECIMENTO DO ASSOALHO PELVICO E NO TRATAMENTO DA INCONTINENCIA URINARIA

Introdução

A Incontinência Urinária (IU) é a queixa de perda de urina, classificadas como de esforço (IUE), de urgência ou mista (IUM) e predomina no sexo feminino. Idade avançada, peso, menopausa, cirurgias ginecológicas, entre outros são fatores agravantes. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) pode ser associado à realidade virtual (RV), utiliza o próprio corpo como controle, proporciona biofeedback imediato do desempenho, aumentando motivação, adesão e habilidades cognitivas e motoras.

Objetivo

O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da intervenção fisioterapêutica através do uso da RV na funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico e na melhora da incontinência urinária.

Metologia

Estudo quase experimental do tipo antes e depois, realizado na PUCRS, com mulheres entre 50 e 70 anos, com diagnóstico de IUE e IUM. As participantes foram submetidas a duas avaliação, que envolvem o pad test e avaliação da MAP por meio de manobra bidigital, feitas antes e após a intervenção. O tratamento foi com uso de RV, realizado 1x/semana, por 10 semanas, onde realizavam 34 minutos de exercício pélvicos associado aos jogos de Nintendo Wii Fit PlusTM, em sedestação no balance board.

Resultados

Foram incluídas 16 mulheres com média de idade 58,1±6,2 anos. Dez (62.5%) com IUM e seis (37.5%) com IUE. Todas estavam na menopausa, destas 62.5% tiveram algum tipo de cirurgia ginecológica. A perda urinária mais frequente foi espirro e não segurar até o banheiro em 12 mulheres, seguido de tosse em 10. Foi detectada diferença estatística significativa entre as duas avaliações da força MAP (p=0,028). No PAD Test, não foi detectada diferença estatisticamente significativa (p=0,440).

Discussão

São poucos os estudos com treinamento associado à RV como metodologia, no entanto o treinamento da MAP é um dos tratamentos conservadores mais utilizados, com resultados positivos no manejo da IU em mulheres. A literatura demonstra que a utilização da RV não é mais eficaz que apenas o treinamento, mas pode ser uma opção para maior adesão ao tratamento.

Conclusão

Os resultados sugerem que a realidade virtual como terapêutica melhora significativamente a força da MAP das pacientes, e embora não significativa, apresenta melhora no Pad Test.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Incontinência Urinária, Realidade Virtual, Assoalho Pélvico

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

PUCRS - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

CAROLINA PRADO LIMA FIGUEIREDO, Mara Regina Knorst, Thais de Lima Resende, Laura Santos Rosa