Dados do Trabalho


Título do trabalho

CINESIOFOBIA E PERCEPÇAO DE AUTOEFICACIA EM INDIVIDUOS COM DOR CRONICA: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Introdução

A dor crônica é de difícil identificação temporal/causal, persiste por mais de três meses, e pode se manifestar de modo contínuo ou recorrente. A autoeficácia e a cinesiofobia apresentam-se como importantes fatores a serem avaliados na prática clínica, uma vez que podem se tornar um facilitador ou uma barreira na abordagem fisioterapêutica de pacientes com dores crônicas.

Objetivo

verificar a prevalência e a associação entre cinesiofobia e percepção de autoeficácia nos indivíduos com dores crônicas assistidos em duas universidades de Divinópolis, MG.

Metologia

Trata-se de um estudo observacional de corte transversal. A amostra foi selecionada a partir da indicação dos fisioterapeutas e estagiários de Fisioterapia das universidades, com base na presença de dor crônica musculoesquelética. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário sócio clínico para caracterizar a amostra e dois instrumentos validados e traduzidos para a língua portuguesa: Escala Tampa de Cinesiofobia e Escala de Autoeficácia para Dor Crônica. Realizou-se a coleta no período de novembro e dezembro de 2022, logo após ao atendimento do paciente. As análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS versão 20.0 com o índice de significância aceitável de 0,05%.

Resultados

A amostra foi composta por 44 voluntários, sendo a maioria do sexo feminino (84,1%), com idade média de 51,8 anos ± 6,71 anos. A coluna lombar foi a região do corpo com maior prevalência de dor (50%) e a média de intensidade foi de 7,14 ± 2,2. Os participantes apresentaram alto nível de cinesiofobia (88,6%). Não houve associação entre intensidade de dor e as variáveis cinesiofobia e percepção de autoeficácia. Porém existe uma correlação moderada e negativa entre cinesiofobia e percepção de autoeficácia (r=-0,48; p=0,01) e associação entre cinesiofobia e os domínios de autoeficácia.

Discussão

A crença de medo ao movimento foi verificada em 88,6% dos investigados. Outro estudo de corte transversal também constatou uma alta prevalência de cinesiofobia em seus participantes, cerca de 80%. A presença de cinesiofobia é um fator preocupante, pois pacientes que evitam o movimento tendem a ser indivíduos inativos, com maior perda de mobilidade, força, condicionamento físico, baixa autoestima, depressão e isolamento. A média de percepção de autoeficácia foi de 184,02 e a funcionalidade foi o domínio com maior pontuação.

Conclusão

indivíduos com dores crônicas musculoesqueléticas apresentam altos níveis de dor, alta prevalência de cinesiofobia e baixos escores de autoeficácia. Além disso, existe correlação entre cinesiofobia e percepção de autoeficácia, visto que quanto maior o medo de movimento, menor é a percepção de autoeficácia relacionada a dor crônica

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Autoeficácia; Dor crônica; Medo.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade do Estado de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil

Autores

VIVIANE GONTIJO AUGUSTO, Amanda Karen Alves Xavier , Kelly Cristina do Amaral