Dados do Trabalho


Título do trabalho

FISIOTERAPIA APOS TRATAMENTO CIRURGICO DE INSTABILIDADE FEMOROPATELAR: RELATO DE CASO

Introdução

A instabilidade patelar é a incapacidade de manter a rótula no sulco troclear durante flexo-extensão do joelho. Instabilidades extensoras geram luxações recidivantes patelares, pois exigem complexidade biomecânica e são causadas defeitos dinâmicos de difícil tratamento .Nos casos de luxação igual ou superior a duas vezes a recidiva é de 50%. A cirurgia é indicada após o segundo deslocamento patelar e uma metanálise prévia sugere que a cirurgia cursa com menos recidiva que o tratamento conservador, no entanto, a fisioterapia apresenta papel fundamental no processo de reabilitação também após o tratamento cirúrgico, com enfoque na estabilidade articular do joelho para aumentar e melhorar o nível de atividade funcional, favorecendo um melhor prognóstico.

Objetivo

Apresentamos um caso para relatar o papel da fisioterapia no processo de reabilitação após cirurgia para instabilidade femoropatelar. Caso: Paciente do sexo feminino, 24 anos, apresentou luxações patelares recidivadas. O primeiro episódio ocorreu sem trauma aos 13 anos de idade, no membro inferior (MI) direito. Os exames de imagem demonstraram alterações em MMII.

Metologia

Descrição de um caso com instabilidade femoropatelar e o papel da fisioterapia no pós operatório dos MMII.

Resultados

Paciente do sexo feminino, 24 anos, apresentou luxações patelares recidivadas. O primeiro episódio aos 13 anos de idade, no membro inferior (MI) direito. Os exames de imagem demonstraram alterações em MMIIs. Ao longo dos 6 anos; seguintes, os episódios recorrentes de luxação de patela prejudicaram as atividades de vida diária (AVDs), e aos 19 anos, com a maturidade óssea atingida, a equipe médica indicou abordagem cirúrgica. E.A. foi submetida à cirurgias em fev-2019 e dez-2019. A movimentação da paciente após cirurgia estava restrita devido a presença da inflamação local, edema e dor. O tratamento da fisioterapia teve como objetivos recuperar amplitude de movimento, força, resistência, flexibilidade muscular e propriocepção e foi subdividido em etapas: Fase 1: crioterapia, mobilizações passivas e exercícios ativos e assistido, uso da corrente russa, exercícios com baixa resistência e alongamento dos músculos posteriores de MMII, dos músculos adutores e abdutores do quadril; Fase 2: treino proprioceptivo, exercícios em cadeia cinética fechada e aberta, fortalecimento com progressão de carga; Fase 3: bicicleta estacionária , fortalecimento muscular, treino de marcha, corridas, pliometria, treino de AVDs, foram anos de um trabalho constante da fisioterapia, com sessões diárias e com metas semanais, a recuperação da funcionalidade, autonomia e bem-estar. Atualmente encontra-se inserida nas suas AVDs e é estudante do 4º ano do curso de fisioterapia.

Discussão

O processo de reabilitação após cirurgia para instabilidade femoropatelar exige dedicação do terapeuta e do paciente, mas traz resultados com impacto na recuperação das AVDs e autonomia.

Conclusão

A fisioterapia é de grande importância para os casos de instabilidade femoropatelar.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

patela; articulação patelofemoral; instabilidade articular; luxação patelar e fisioterapia; relato de caso.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) - São Paulo - Brasil

Autores

Lilian Aparecida Yoshimura, Eduarda Augusto Pinto