Dados do Trabalho
Título do trabalho
INTERVENÇAO FISIOTERAPEUTICA NO TRABALHO DE PARTO: ANALISE DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS, HUMANIZAÇAO DO PARTO E SITUAÇOES DE VIOLENCIA OBSTETRICA
Introdução
De acordo com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP, 2013), a VO define-se pela apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres por profissionais de saúde, através de tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, causando a perda da autonomia sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade de vida das mulheres. A fisioterapia, tem por objetivo promover bem-estar para essas mulheres em todo o processo.
Objetivo
Identificar como a fisioterapia pode atuar contra a violência obstétrica.
Metologia
Foi realizado um estudo de campo de forma transversal, quantitativa e observacional, por meio da supervisão de profissionais de fisioterapia da Universidade Paulista, na cidade de São José do Rio Preto – SP, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Paulista, pelo protocolo 2.665.440. O questionário foi respondido por 58 mulheres entre julho e agosto de 2018. Entretanto, apenas 22 respostas foram utilizadas, pois essas relataram terem sido acompanhadas por um fisioterapeuta.
Resultados
De acordo com os dados coletados, 27,50% tiveram o parto acompanhado por fisioterapeuta, 50% optaram por cesárea, e mesmo com 72% conhecendo o assunto sobre violência obstétrica, quase metade delas relatou algum tipo de desconforto.
Discussão
Neste estudo, cerca de 60% das mulheres não tiveram acesso a fisioterapia no período gestacional. Segundo Pereira (2004), os pilares da violência estão relacionados com a falta de informação, dificuldade de comunicação, mitificação e desqualificação da relação entre equipe e gestantes. Apesar disso, neste presente trabalho, foi possível observar que a maioria delas tinham o conhecimento sobre Violência Obstétrica, entretanto, muitas delas ainda sofreram violência.
Conclusão
Pode-se concluir que nesta pesquisa a maioria das mulheres não foram acompanhadas por fisioterapeutas, pela falta de conhecimento em como a fisioterapia visa auxiliar nas disfunções corporais, bem como contribuinte para um parto seguro e ativo. As que foram acompanhadas, segundo a pesquisa, não receberam muita informação sobre questões da gestação e sobre violência obstétrica.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Obstetrícia; Fisioterapia; Violência obstétrica
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Saúde da Mulher
Instituições
Universidade Paulista - São Paulo - Brasil
Autores
GABRIELA NOVAES GUIMARAES, Cristiane Bonvicine, Janaina Gouveia Bertoque Monteiro, Aniéle Da Silva Humel