Dados do Trabalho
Título do trabalho
IDOSOS E DIABETES TIPO 2: REPRESENTAÇAO DAS AREAS DE CONTATO DE PRESSAO PLANTAR MAXIMA E ANALISE TERMOGRAFICA DOS MEMBROS INFERIORES
Introdução
Diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença causada pela hiperglicemia no sangue, como resultado disso a longo prazo desenvolve-se uma cascata de reações danosas no corpo.1 Ao longo do tempo pode-se ter complicações circulatória e nervosa, causando neuropatias, úlceras e amputações 2-3. Esse potencial de lesão é mais grave em pacientes mais fragilizados, principalmente os idosos.4 Por isso, se faz essencial o uso de métodos para a identificação prévia dessas complicações nesses pacientes.
Objetivo
Identificar a relação da termografia de membros inferiores e as áreas de contato de pressão plantar máxima com a predisposição de lesões de membros inferiores em idosos com diabetes mellitus tipo 2.
Metologia
Estudo transversal composta por 36 idosos com diabetes tipo 2 (27 mulheres; 9 homens). Foram utilizadas a câmera termográfica FLIR E40bx® e a plataforma baropodométrica MPS Biomech®, para captação das imagens termográficas de membros inferiores e áreas de pressão plantar máxima desses pacientes.Os dados foram inseridos no Statistical Package for the Social Science, 23.0, analisados com medidas descritivas e nível de significância de <5%.
Resultados
Idade foi 66+4,65. Termografia aponta valores próximos na área ântero posterior coxa direita e esquerda, 31,20+0,92; 31,21+1,0 e 31,40+0,70; 31,47+0,61 respectivamente; perna direita e esquerda 30,85+1,26; 30,82+1,24; e 30,33+0,84; 30,29+0,96 dorso dos pés direito e esquerdo 30,15+1,69; 30,0+1,63 consecutivamente. Região plantar pé direito x̅:28,20º e esquerdo x̅:28,05ºC, diferença significativa(p<0,04). Pressão plantar máxima, foi no retropé, área MH, com olhos fechados e abertos.
Discussão
Os resultados obtidos através da termografia de membros inferiores desses pacientes observa-se que a região plantar apresenta uma maior variação de temperatura, o que sugere um possível comprometimento vascular. Além disso, na baropodometria é possível identificar os pontos de maior pressão plantar, que é a região do retropé. O comprometimento vascular somado a pressão plantar pode indicar áreas sujeitas a úlceras e calosidades, o que aumenta a chance de amputações em diabéticos.5-6
Conclusão
Conclui-se que a termografia indica maior predisposição para comprometimento vascular na região plantar. Além disso, segundo a baropodometria da face plantar dos pés, a região com maior ponto de pressão é o retropé, o que sugere que esse segmento é o mais propício para complicações como calosidades e úlceras. Desse modo, a baropodometria e a termografia se mostraram úteis no mapeamento de predisposição de lesões cutâneas em idosos diabéticos
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Diabetes mellitus - Termografia - Baropodometria
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Gerontologia
Instituições
Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
JANAINA DOS SANTOS MONTEIRO, KENNEDY VICTOR DA SILVA, FRANÇOIS TALLES MEDEIROS RODRIGUES, ANA PAULA DE LIMA FERREIRA , MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES DE ARAÚJO