Dados do Trabalho


Título do trabalho

INCONTINÊNCIA URINÁRIA, QUALIDADE DE VIDA E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE MULHERES FREQUENTADORAS DOS CLUBES DE MÃES DE FARROUPILHA/RS

Introdução

O envelhecimento é um fenômeno inevitável e irreversível que gera alterações no estado de saúde, como desordens musculares e alterações urinárias. Estas podem interferir na qualidade de vida (QV), especialmente das mulheres1. A incontinência urinária é a perda involuntária de qualquer quantidade de urina que possa ser observada, a partir da perda do controle da bexiga, sendo um problema social ou higiênico, objetivamente demostrado e apresenta uma etiologia multifatorial2.

Objetivo

O presente estudo tem como objetivo identificar a prevalência de incontinência urinária e fatores associados, incluindo aqui as características clínicas, como o risco para sarcopenia, em mulheres pertencentes aos clubes de mães da cidade de Farroupilha, Rio Grande do Sul, Brasil. Além disso, também pretende verificar o impacto da IU na qualidade de vida destas mulheres.

Metologia

Trata-se de uma pesquisa observacional, com delineamento transversal. A população do estudo foi constituída por 175 indivíduos do sexo feminino, integrantes dos Clubes de Mães. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário de perfil, instrumentos validados SARC-F3 e International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form4, além do pad-teste (ou teste do absorvente).

Resultados

A prevalência de incontinência urinaria foi de 55,4% e a prevalência de alto impacto na qualidade de vida foi de 47,4%. Não ter vida sexual ativa e interferência da IU no lazer estiveram associadas com alto impacto na QV de mulheres incontinentes. O risco para sarcopenia não apresentou associação com a perda urinária. A maioria das mulheres incontinentes apresentaram perdas insignificantes (73,2%) e 26,8% apresentaram perdas de leve a moderadas.

Discussão

Em 2017, a incontinência urinária acometia de 14% a 57% de mulheres em idades de 20 a 89 anos, sendo mais comum em mulheres acima dos 40 anos5 . A vida sexual e o lazer são muito importantes e fazem parte do contexto de QV das mulheres, assim, a incontinência urinária é uma condição que afeta de forma negativa a QV6 .Em comparação com estudo anterior, foram encontradas prevalências de perda de urina no teste do absorvente de 62,9 % para perdas insignificantes e 33,1% para perdas moderadas7 .

Conclusão

Os achados deste estudo verificam uma alta prevalência de incontinência urinária e alto impacto da mesma na QV das mulheres. Características clínicas como risco para sarcopenia, apesar de não ter associação significativa com a incontinência urinária, também apresentou prevalências mais elevadas de incontinência urinária. Não ter vida sexual ativa e a interferência da incontinência urinária no lazer estão associadas com o alto impacto na QV.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

incontinência urinária, qualidade de vida, sarcopenia, envelhecimento.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Categoria

Fisioterapia em Saúde da Mulher

Instituições

Centro Universitário da Serra Gaúcha - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ALEXANDRA RENOSTO, Lidiane Barazzetti