Dados do Trabalho


Título do trabalho

ANALISE ULTRASSONOGRAFICA DA ESPESSURA E EXCURSAO DIAFRAGMATICA EM INDIVIDUOS POS-COVID-19

Introdução

A Corona Virus Disease 2019 (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus. Após a fase aguda da doença indivíduos ainda relatam persistência de sintomas respiratórios e as alterações a longo prazo são poucas conhecidas. Quanto ao comprometimento muscular diafragmático pouco se sabe o que acontece após a COVID-19, porém, considerando a persistência de sintomas, é relevante compreender quais os efeitos crônicos e possíveis sequelas deixadas na função diafragmática.

Objetivo

Analisar se a necessidade de internação hospitalar interfere na espessura e na excursão diafragmática avaliada por meio da avaliação ultrassonográfica após infecção por COVID-19.

Metologia

Foi realizado um estudo prospectivo, exploratório e quantitativo, com indivíduos maiores de 18 anos de ambos os sexos, teste positivo para COVID-19 há no mínimo 30 dias, com ou sem necessidade de internação. Os indivíduos foram submetidos a anamnese e ultrassonografia diafragmático para avaliação da espessura e excursão diafragmática. O grupo com e sem internação foram comparados usando o test T (p<0,05).

Resultados

Participaram do estudo 37 indivíduos com média de idade de 34,64±12,6 anos sendo 13 do sexo masculino. Ao comparar as características gerais dos grupos observou maior idade, peso e IMC no GI, sendo essa diferença significativa. Além disso, o GI foi submetido a reabilitação. Na avaliação ultrassonográfica somente a excursão diafragmática quando avaliada em respiração tranquila mostrou-se maior no GI em relação ao grupo GNI.

Discussão

Na avaliação ultrassonográfica somente a excursão diafragmática em respiração tranquila mostrou-se maior nos pacientes internados, mas ambos os grupos estavam dentro dos valores de normalidade para populações saudáveis. Em relação a espessura diafragmática, os resultados estão abaixo dos valores encontrados publicados para pacientes pós COVID-19 e para populações saudáveis, o que pode justificar a persistência de sintomas relatados nessa população.

Conclusão

Conclui-se que a idade e a obesidade foram mais presentes em indivíduos que precisaram de internação e que a excursão diafragmática na respiração tranquila é maior neste grupo.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

COVID-19. Diafragma. Ultrassonografia. Sintomas persistentes.

Área

Estudo de coorte

Instituições

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - São Paulo - Brasil

Autores

JOAO VICTOR CAMARGO SOMBINI, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin, Beatriz Fávaro Lattari, Marcus Vinicius Sobral Carvalho