Dados do Trabalho


Título do trabalho

FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE AMPUTADOS DE MEMBROS INFERIORES ATENDIDOS POR TELEFISIOTERAPIA

Introdução

No Brasil, em 2022, ocorreram 6.9182 amputações de membros inferiores (MMII), correspondendo a 98% das amputações. O foco da reabilitação fisioterapêutica de amputados está na cinesioterapia e a telefisioterapia se destaca como um serviço de saúde, capaz de promover tratamento qualificado ao indivíduo com dificuldade de acesso à reabilitação presencial ou aos serviços especializados e pode impactar positivamente em desfechos de saúde, como a melhora da qualidade de vida funcionalidade.

Objetivo

Avaliar o efeito da telerreabilitação na funcionalidade e qualidade de vida de pessoas amputadas de MMII em fase pré protetização.

Metologia

Ensaio clínico. O projeto aprovado pelo CEPSH da UDESC, CAAE 37380220.5.0000.0118. Critérios de inclusão: amputados de membro inferior, maiores de 18 anos e que residiam no estado de Santa Catarina (SC). Critérios de exclusão: indivíduos protetizados; amputações somente de pododáctilos ou amputação de membro superior associada; DM, cardiopatias, HAS descompensadas autorrelatadas que não permitiam segurança para telefisioterapia; internet instável do participante.

Resultados

A amostra de 21 participantes que finalizaram o protocolo de oito 8 semanas de telefisioterapia. A média de idade dos participantes foi de 59,52 anos. A maioria dos participantes eram do sexo masculino (66,7%). Quanto aos escores dos questionários aplicados, percebe-se que houve aumento significativo da funcionalidade na comparação entre avaliação e reavaliação pelo IBM e nos domínios aspectos físicos, vitalidade e aspectos emocionais relacionados à qualidade de vida do SF-36.

Discussão

Após a intervenção via telefisioterapia, houve melhora significativa qualidade de vida e da funcionalidade nos aspectos físicos, emocionais e vitalidade e estado funcional. Os resultados podem estar atrelados a melhora física, consequentemente maior disposição geral e melhores condições emocionais. Entende-se que o protocolo proposto, impactou positivamente no estado funcional das pessoas amputadas pois, considera-se que houve incremento nos aspectos físicos e psicológicos.

Conclusão

Houve melhora significativa do estado funcional, da percepção da qualidade de vida relacionada aos domínios: aspectos físicos, emocionais e vitalidade comparando-se antes e após a realização do protocolo de exercícios por telerreabilitação síncrona de 8 semanas com indivíduos amputados em fase pré protetização. Sugere-se a realização de estudos que abordem a telerreabilitação com formatos síncronos, assíncronos e híbridos.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Telerreabilitação; Telefisioterapia; Qualidade de vida; Estado funcional; Funcionalidade

Área

Estudo randomizado

Categoria

Fisioterapia Musculoesquelética

Instituições

Universidade do Estado de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

TAYLA SIQUEIRA RUY, Tuane Sarmento, Amanda Borges Medeiros, Gesilani Julia da Silva Honório, Soraia Cristina Tonon da Luz