Dados do Trabalho


Título do trabalho

ASSOCIAÇAO ENTRE DIABETES MELLITUS E A PRESENÇA DE AFECÇOES OSTEOMIOARTICULARES EM USUARIOS DE UMA UNIDADE DE SAUDE DA FAMILIA LOCALIZADA NO INTERIOR DE PERNAMBUCO

Introdução

Diabetes é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina ou ambos. Está associada a danos em longo prazo, disfunção e falha de diferentes órgãos, como olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos, além de alterações no sistema musculoesquelético que podem contribuir para afecções em articulações e músculos. Os sintomas mais frequentes são fadiga, cansaço, sede e fome intensos, micção frequente e perda de peso.

Objetivo

Identificar a prevalência de afecções musculoesqueléticas em indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2.

Metologia

Trata-se de um estudo descritivo exploratório e não-probabilístico, de abordagem quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Integração do Sertão-FIS, sob o parecer nº 5.324.506. Foi desenvolvido a partir de três questionários: O primeiro, com questões sociodemográficas/clínicas; o segundo, o Questionário de Conhecimentos na Diabetes (QCD); e o terceiro, o Questionário Nórdico Musculoesquelético (QNM), com voluntários de idade igual ou superior a 18 anos.

Resultados

A amostra final foi composta por 24 voluntários, idade entre 38 e 81 anos com média e desvio padrão de 64,12±6,36 anos. Prevalência do sexo feminino (66,6%) e que realizavam tratamento para diabetes há mais de 5 anos (50%). A maioria relatou possuir mais de uma disfunção musculoesquelética (25%) e diagnóstico realizado por médico clínico geral (29,1%). As variáveis referentes a dores musculoesqueléticas, pelo questionário QNM prevaleceram nas regiões dos ombros (41,6%) e pescoço (33,3%).

Discussão

A possível associação de distúrbios musculoesqueléticos em indivíduos diabéticos presente neste estudo, corrobora com estudos anteriores, como o de Vitta el al. (2021), que verificaram a prevalência de dores em diversas áreas abrangidas pelo QNM no estado de São Paulo. De acordo com a distribuição das regiões com acometimentos dolorosos, percebe-se a prevalência de presença de dores na região dos ombros (41,6%), e na região do pescoço (33,3%). Esse fato pode ser explicado e consolidado através do estudo de Adedapo W. Awotidebe e Auwalu Shehu (2020), que verificaram que as DME em sua população de estudo, era mais frequente nas extremidades superiores, pescoço (59,3%), ombros (42,4%) e cabeça (59,3%).

Conclusão

Foi observado através da aplicação dos questionários que há necessidade de políticas públicas mais eficientes para a obtenção de conhecimento a respeito das questões básicas referentes à DM, assim como uma correlação entre a doença e as possíveis disfunções musculoesqueléticas nesta população.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Artralgia. Complicações diabéticas. Dor musculoesquelética. Fisioterapia.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Faculdade de Integração do Sertão - Pernambuco - Brasil

Autores

CARLA VANESSA DOS SANTOS CRUZ, IZABELA CAROLINE SANTOS DE SOUZA, TÁCIA GABRIELA VILAR DOS SANTOS ANDRADE, CLEYTON ANDERSON LEITE FEITOSA, NYLENE MARIA RODRIGUES DA SILVA