Dados do Trabalho


Título do trabalho

Motricidade fina de crianças autistas no interior da Amazônia

Introdução

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno que tem como característica dificuldades nas habilidades sociocomunicativas (comunicação e na interação social), bem como no comportamento, considerando os padrões restritivos dos interesses ou atividades. Além dos déficits na área de interação social, também pode apresentar alterações relacionados a aspectos sensoriais e elementos da motricidade com dificuldade em realizar movimentos que geralmente utilizam as mãos, como pegar ou desenhar.

Objetivo

Avaliar a motricidade fina de crianças com TEA assistidas em um centro especializado em autismo no interior da Amazônia.

Metologia

Este estudo faz parte de uma pesquisa maior, conforme CAAE 60557422.0.0000.5193. A coleta de dados foi realizada em setembro de 2022, tendo como critério de exclusão a não assinatura do termo de consentimento livre esclarecido e crianças com outras comorbidades associadas, como as síndromes de Down, X frágil, Rett, entre outras. As crianças realizaram testes da escala motora Rosa Neto (2002), onde foram classifcadas de acordo com o Quociente Motor relacionado a motricidade fina (QM1).

Resultados

Participaram do estudo 14 crianças entre 3 a 11 anos de idade, sendo 92,9% do gênero masculino (n=13) e somente uma criança do gênero feminino correspondendo a 7,1%, com média de idade de 7 anos ±1,9 assistidas em um centro especializado em autismo. Foi observado que em relação a classificação do QM1, as crianças estavam em maior porcentagem entre inferior à normal médio, sendo verificado a seguinte distribuição: muito inferior (14,3%), inferior (7,1%), normal baixo (28,6%) e normal médio (14,3%).

Discussão

A motricidade fina é controlada por pequenos grupos musculares, que são necessários para realizar atividades manuais orientadas pela visão com a necessidade de força mínima, a fim de conseguir realizar pequenos movimentos com precisão. Em crianças com TEA, elas apresentam algumas dificuldades motoras para realização de pequenos movimentos que se manifestam, principalmente como a dificuldade em realizar movimentos para o uso de ferramentas.

Conclusão

Observou-se variação na motricidade fina nas crianças estudadas, entretanto, os dados do presente estudo não apresentaram significância no QM1, a dificuldade de uma estatística mais apurada pode ser explicada pela amostra da pesquisa ser pequena.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Autismo; Criança; Desenvolvimento motor.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Categoria

Fisioterapia Neurofuncional

Instituições

Centro Universitário da Amazônia - Pará - Brasil, Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

AMANDA WINGERT DE SOUZA, Lucas Gabriel de Araújo Marcião, Sâmela Patrícia de Sousa Assis, Maiara Silvana Salgado Batista