Dados do Trabalho
Título do trabalho
RELAÇAO ENTRE OS ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS E O RISCO DE DISFUNÇAO SEXUAL EM MULHERES DISCENTES DO ENSINO SUPERIOR
Introdução
A Organização Mundial da Saúde define saúde sexual como o estado de bem-estar físico, mental, social e espiritual relacionado à sexualidade. No que tange a saúde sexual feminina de discentes do nível superior, investigar o contexto sociodemográfico e estilo de vida é fundamental para auxiliar as Instituições de Ensino Superior na adoção de ações assertivas para promoção da qualidade de vida, podendo assim influenciar positivamente no desempenho acadêmico do corpo estudantil.1
Objetivo
Verificar os fatores sociodemográficos, estilo de vida, clínico e acadêmico associados ao risco de disfunção sexual nas mulheres discentes do Ensino Superior.
Metologia
Refere-se a um estudo quantitativo, observacional e transversal realizado em universitárias por meio dos questionários sociodemográfico e específico para avaliação da saúde sexual feminina - questionário Female Sexual Function Index (FSFI)2, aplicados por tempo de conveniência. Os dados foram analisados com o software estatístico SPSS versão 25, as comparações de proporções foram feitas pelo Teste Qui-quadrado e Teste G de Goodman-Kruskal. O nível de confiança estatística foi estipulado em 5%.
Resultados
A amostra foi composta por 79 mulheres, a maioria solteiras 45 (59,46%), na faixa etária de 18 a 30 anos 77 (69,37%), das quais 62 (78,5%) apresentaram maior risco de disfunções sexuais. Os testes estatísticos mostraram que há associação entre o risco de disfunção sexual e a faixa etária [X²(2) = 3,028; p <0,05], a orientação sexual [X²(2) = 6,907; p <0,05], com quem reside [X²(2) = 7,216; p <0,05] e o etilismo [X²(2) = 5,360; p <0,05].
Discussão
Resultados de estudos que utilizaram o FSFI, SILVA et al(2018) trazem uma amostragem em 100 mulheres de 18 a 35 anos, na qual 28% apresentaram disfunção sexual em maioria oriunda do baixo interesse sexual. Em ASLAN et al(2009), na qual a busca foi aplicada em 1009 mulheres, 43,4% têm disfunção sexual e está relacionada a faixa etária, com a porcentagem crescente de acordo com o envelhecimento das participantes, de modo similar a este estudo.
Conclusão
Os fatores sociodemográficos como orientação sexual, etilismo, com quem reside e faixa-etária relacionam-se ao nível de disfunção sexual, sendo esta última variável de maior significância. Contudo, novos estudos com maior número amostral devem ser realizados para determinar a relação dos demais fatores associados ao estilo de vida e histórico clínico no público discente feminino, tais como: tabagismo, doenças crônicas, prática de atividade física e presença de doenças sexualmente transmissíveis.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Sexualidade, Universitários, Ensino Superior.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Saúde da Mulher
Instituições
Centro Universitário UniCuritiba - Paraná - Brasil
Autores
GLENDA NAILA DE SOUZA, Jennifer Cristina Rabbers Vasconcelos, Emanuelly Matias Félix dos Santos, Marielly Caroline Ferreira de Lima, Polyana Vitor Purcino, Talita Brasil, Bruna Izadora Thomé