Dados do Trabalho
Título do trabalho
DOR E CINESIOFOBIA EM PACIENTES COM DISFUNÇOES TEMPOROMANDIBULARES.
Introdução
A disfunção temporomandibular (DTM) reúne um grupo de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que afetam músculos da mastigação, articulações temporomandibulares e/ou estruturas relacionadas, de etiologia multifatorial, que pode cursar com dor e alterações de função. Novos estudos têm apontado a cinesiofobia - excessivo e limitante medo do movimento e atividade (resultado de sentimento de vulnerabilidade) - em pacientes com DTM, como preditora de disfunção e dor craniofacial.
Objetivo
Verificar associação entre a cinesiofobia e a dor em pacientes com disfunção temporomandibular.
Metologia
Analisou-se dados de pacientes com DTM atendidos em projeto da UFES, de jan./2019 a jun./2023, sendo aferidos dados das Escalas Tampa de cinesiofobia e Visual numérica para dor, idade e sexo. Foram realizadas análises descritiva (média/DP e frequência) e correlação de Pearson. Considerou-se nível de significância p<0,05 e força da correlação classificada como muito fraca (r<0,30), fraca (0,3
Aprovado no CEP sob CAAE 30743220.9.0000.5060.
Resultados
Foram avaliados os dados de 90 pacientes atendidos no período descrito. Esses apresentaram idade de 36,48 (± 15,358) anos, sendo a maioria do sexo feminino (n=77). Ainda, identificou-se EVN 4,03 (± 2,741), Tampa total de 29,38, (± 6,537) Tampa atividade de 16,78 (± 4,14) e Tampa somático de 12,42. (± 2,983). Observou-se correlação positiva muito fraca (r= 0,26, p=0,01) entre EVN e Tampa total, e correlação positiva fraca (r= 0,3, p=0,00) entre Tampa somático e dor.
Discussão
A cinesiofobia refere-se ao medo de movimento e atividade, relacionado ao sentimento de vulnerabilidade a uma lesão e à dor, e estudos demonstraram que essa é preditora de disfunção craniofacial em pacientes com DTM. Observou-se nos pacientes avaliados fraca associação da cinesiofobia e dor, sendo maior no que tange à crença de que há problemas associados à condição DTM (Tampa somático). A força da associação aponta para a existência de outros fatores que podem explicar a dor nesses pacientes.
Conclusão
Considerando os dados encontrados e as correlações estabelecidas, observa-se que a fraca associação pode se dar em decorrência da existência de outros fatores, que compõem a complexidade das disfunções temporomandibulares, que não foram contemplados nesse presente estudo. Portanto, sugere-se que os estudos abordem mais aspectos que podem estar associados à DTM, interferindo em seu prognóstico, de forma que sua identificação direcione da melhor forma os tratamentos propostos.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Articulação temporomandibular, avaliação, dor orofacial, cinesiofobia.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Musculoesquelética
Instituições
Universidade Federal do Espírito Santo - Espírito Santo - Brasil
Autores
MARIANA DE OLIVEIRA, Pedro Henrique Andrade Zanon, Cintia Helena Santuzzi, Dhandara Araújo de Sousa, Trixy Cristina Niemeyer Vilela Alves, Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato