Dados do Trabalho
Título do trabalho
PROTOCOLO DE ULTRASSOM TERAPEUTICO NO TRATAMENTO DE TRIGGER POINTS: UMA ANALISE DO AQUECIMENTO EM PHANTOM DE TECIDOS MOLES BIOLOGICOS
Introdução
Ultrassom Terapêutico (UST) é comumente usado nas disfunções musculoesqueléticas, porém a literatura sobre UST em Trigger Points (pontos gatilhos miofasciais) é escassa. O UST gera efeitos mecânicos e térmicos nos tecidos biológicos. Recentemente, foi implementada uma calculadora dosimétrica (DoSys – dosimetric System) no Brasil disponível gratuitamente. A motivação do estudo é testar a calculadora, empregando-se a dosagem sugerida por ela em um meio conhecido (Phantom simulando um trigger point em tecido mole).
Objetivo
Quantificar a variação de temperatura de um material mimetizador de tecidos biológicos moles (Phantom), quando submetido a irradiação por Ultrassom Terapêutico, com base em protocolo de tratamento de trigger points gerado por calculadora dosimétrica de eletrotermofototerapia (Dosys).
Metologia
Os experimentos foram realizados no Laboratório de Ultrassom/ PEB/COPPE/UFRJ. Foram utilizados dois equipamentos UST chamados de A e B (Sonopulse 1 MHz e 3 MHz IBRAMED), transdutor de 7 cm² de ERA, e protocolo de irradiação: tempo 65 s, intensidade nominal de 2,5 W/cm², no modo contínuo a 3 MHz, de forma estacionária. O phantom de Agar cilíndrico de 18,7 mm de espessura e 42,0 mm de diâmetro ficou em contato direto com o transdutor ultrassônico, utilizando gel condutor para irradiação.
Resultados
A temperatura foi registrada pela câmera infravermelha FLIR E64501 (FLIR®SYSTEMS), presa a um suporte, com lente perpendicular e distante 14 cm da superfície do Phantom. O intervalo entre as medições foi de 10 minutos. Foram realizadas 10 medições com UST A e 10 com UST B, totalizando 20 medições. Os dados foram analisados em planilha Excel®. Para o UST A, a média de aquecimento foi de 22,72±0,90 °C, e no UST B foi de 23,41°C±1,31°C.
Discussão
Houve um aquecimento vigoroso do Phantom em apenas 65 s de irradiação (acima de 20 °C), o que demonstra a possível atuação em trigger points. A pequena diferença de aquecimento promovida pelos 2 aparelhos (menos de 1°C) pode ser devido a variações de potência acústica e área de radiação eficaz (ERA) com relação aos valores informados pelo fabricante. Essas alterações entre equipamentos, mesmo sendo de mesmo fabricante, são bem descritas na literatura e geram diferença na intensidade eficaz.
Conclusão
Foi observado que, em ambos os aparelhos testados sob o protocolo DoSys, ocorre um aumento significativo de temperatura, sugerindo a possível eficácia do UST no tratamento de trigger points. No entanto, novos estudos são necessários, com um número maior de aparelhos, realizados em meios multicamadas.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Fisioterapia, Aquecimento; Phantom; Temperatura; Trigger Points; Ultrassom
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Musculoesquelética
Instituições
Fundação Educacional Serra dos Órgãos - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
LUCAS RAMOS DE ANDRADE, Bernardo Tropia Marotta Teixeira dos Santos, Leonardo dos Santos de Assumpção, Thaís Pionório Omena, Wagner Coelho de Albuquerque Pereira, Antônio Marcos Couto Lopes, Aldo Jose Fontes Pereira