Dados do Trabalho


Título do trabalho

FISIOTERAPIA NO TRANSTORNO DA EXCITAÇAO GENITAL PERSISTENTE: RELATO DE CASO

Introdução

Transtorno da excitação genital persistente é uma condição rara caracterizada pela excitação genital persistente indesejada que ocorre na ausência de gatilho sexual, interesse/desejo sexual explícito e que persiste por horas até semanas, podendo ocorrer orgasmos. A causa é desconhecida, entretanto pode estar associada a fatores psicológicos e/ou orgânicos. Apresenta alto índice de incômodo e angústia, podendo gerar pensamentos suicidas e influenciar de forma negativa a qualidade de vida.

Objetivo

Relatar o caso de uma paciente com transtorno de excitação sexual persistente submetida à tratamento fisioterápico. 

Metologia

Mulher de 32 anos com excitação persistente desde maio/2021. Sensação de pulsação em clitóris, que se expandiu até vagina e vulva. Dois meses antes, foi submetida à histerectomia e, um mês após, com dosagem aumentada de succinato de desvenlafaxina iniciou o sintoma de excitação persistente. Histórico: vaginose, HPV, depressão, ansiedade, síndrome do pânico e TDAH. Avaliação: esvaziamento incompleto, tensão e dor no canal vaginal, fraqueza do assoalho pélvico, sensibilidade e reflexos aumentados.

Resultados

Foram realizadas sete sessões utilizando as seguintes técnicas: TENS parassacral e em adutores (F=20hz L=300us, 30minutos), dessensibilização em região de coxa, adutores e vulva, massagem perineal externa e interna, relaxamento do assoalho pélvico com Peridell. Houve melhora dos sintomas de pulsação e excitação, entretanto os mesmos retornavam, em menor intensidade, após 36 a 48h.

Discussão

Nesta paciente foram utilizadas técnicas de dessensibilização e relaxamento do assoalho pélvico, conforme enfatizou Pease et al (2021), acrescentada ao TENS, com redução dos sintomas. Jackowich et al (2021) realizaram sessões de exercícios de relaxamento do assoalho pélvico e observaram menos sintomas relacionados ao transtorno da excitação genital persistente. Relatos de Waldinger et al (2010) obtiveram melhora dos sintomas e orgasmos espontâneos após aplicação de TENS.

Conclusão

A fisioterapia melhorou os sintomas relacionados ao transtorno da excitação genital persistente nesta paciente a curto prazo e reduziu a intensidade da hiperexcitabilidade ao longo das sessões.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

transtorno de excitação genital persistente, fisioterapia, massagem perineal, dessensibilização, estimulação elétrica nervosa transcutânea.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

Academia de Ciência e Tecnologia - São Paulo - Brasil

Autores

JESSICA SILVEIRA VALLIM, Ana Paula Gallo Naoum