Dados do Trabalho


Título do trabalho

OS BENEFICIOS DO EXERCICIO FISICO DE MEDIA INTENSIDADE ASSOCIADA AO FORTALECIMENTO DO ASSOALHO PELVICO NA PREVENÇAO DE INCONTINENCIA URINARIA NO PUERPERIO

Introdução

A incontinência urinária de esforço (IUE) é a disfunção mais comum do assoalho pélvico que ocorre na gravidez por consequência da sobrecarga da estrutura pélvica devido às alterações físicas, biomecânicas e hormonais, resultando no enfraquecimento da musculatura. O que pode ocorrer perda involuntária de urina, podendo perdurar ao puerpério. Por isso, é importante iniciar a fisioterapia pélvica o mais precoce possível no pré-natal e pós-parto, a fim de prevenir a IUE.

Objetivo

Analisar os efeitos do exercício físico associado ao fortalecimento muscular do assoalho pélvico na prevenção de incontinência urinária pós-parto.

Metologia

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica feito em junho/2023. Encontrou-se 158 artigos nas bases de dados: PubMed(81), LILACS(4), sciELO(1), BVS(72). Foram utilizados os descritores ‘’Urinary Incontinence’’, ‘’Postpartum’’, ‘’Exercise’’, associados ao operador boleano ‘’AND’’. Foram incluídos 4 artigos entre os anos de 2018 a 2023 nos idiomas português e inglês. Sendo excluídos artigos que não possuem relação com o tema, incompletos e com acesso restrito.

Resultados

O fortalecimento da musculatura pélvica, associada ao exercício físico de média intensidade durante o período pré-natal, mostra-se eficaz na redução da IUE ao final da gestação e pós-parto. Outrossim, gestantes que realizam treinamentos de força e resistência do assoalho pélvico atrelado a atividades aeróbicas, como hidroginástica, obtiveram redução considerável a incontinência urinária durante o período de 3 a 6 meses pós-parto, além de apresentar resultados positivos na função sexual.

Discussão

Em conformidade com as informações coletadas, compreende-se que a gestação pode ser uma condição de risco ao surgimento das disfunções do assoalho pélvico (DFP), não só atrelado as queixas urinárias, mas também prolapso de bexiga e útero. Nesse contexto, é imprescindível que a parturiente seja acompanhada por um fisioterapeuta pélvico especializado em tratar das DFPs para que um programa regular de exercícios possa ser elaborado, respeitando a individualidade de cada paciente.

Conclusão

Portanto, é evidente os efeitos provenientes da reabilitação pélvica no pós-parto, quando praticada de forma regular e com o amparo de profissionais capacitados. Contudo, faz-se necessária a realização de mais estudos que correlacionem as intervenções fisioterapêuticas nas DFPs aos exercícios de baixa, média e alta intensidade com outras complicações que podem surgir na gestação, como exemplo a diabetes gestacional e eclâmpsia.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Exercício; Incontinência Urinária; Assoalho Pélvico.

Área

Revisão bibliográfica

Categoria

Fisioterapia em Saúde da Mulher

Instituições

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA - Pará - Brasil

Autores

MARIA BERENICE PIRES NORONHA, AILA FERREIRA GURJÃO, GABRIELLE AMORIM NUNES, JOAQUIM CRUZ DA COSTA JUNIOR, BRENDA BEATRIZ SILVA MONTEIRO