Dados do Trabalho


Título do trabalho

DOR INTERFERE NA SAUDE BIPSICOSSOCIAL DE ATLETAS

Introdução

Atletas são mais tolerantes à dor que não atletas1, pois os exercícios físicos extenuantes geram maior modulação da dor2. A dor interfere na rotina de treino e competição do atleta, e consequentemente afeta o seu desempenho e vida fora do esporte, já que além da dimensão física o fator psicológico também demonstra relevância3. A avaliação da dor deve considerar não somente a intensidade da dor, mas também o sofrimento relacionado à dor e comprometimento funcional4.

Objetivo

Avaliar o limiar e a interferência da dor musculoesquelética em praticantes profissionais e amadores de jiu-jitsu.

Metologia

Estudo cego, quantitativo, comparativo, do tipo observacional transversal e descritivo realizado adultos, do sexo masculino, praticantes de jiu-jitsu profissionais e amadores. O aspecto biopsicossocial, foi por meio de Questionário para Avaliação da Dor Musculoesquelética em Praticantes de Exercício (Q-ADOM), e o limiar de dor por meio da algometria de pressão MED.DOR. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa pelo parecer nº 5.483.905/2022.

Resultados

Amostra de 31 praticantes de jiu-jitsu, (58,06%) profissionais e (41,94%) amadores. A algometria evidenciou médias maiores para os profissionais, com relevância quando comparadas regiões como MMSS e MMII, sem diferença significativa. A interferência da dor no aspecto biopsicossocial, evidencia maior comprometimento em praticantes profissionais que em amadores, com diferença significativa tanto no escore geral, quanto no aspecto do sono e falta de autocontrole.

Discussão

Embora não haja diferença significativa no limiar de dor neste estudo, sabe-se que a dor interfere tanto em aspectos da prática esportiva (treino e competição) como na vida fora do esporte, ambos causando prejuízos entre si e afetando o desempenho3. Com ênfase na interferência da dor no sono, as dores musculoesqueléticas pioram a qualidade do sono de acordo com o número de regiões corporais afetadas e a má qualidade do sono em atletas de elite está relacionada ao estado emocional no período de competição5.

Conclusão

Não houve diferença significativa entre os praticantes de jiu-jitsu profissionais e amadores à algometria. No entanto, o aspecto biopsicossocial demostrou-se mais comprometido nos praticantes profissionais que nos amadores. Estes achados ratificam que a dor é multidimensional e deve ser tratada em todas as suas facetas a fim de potencializar o melhor manejo da dor, e consequentemente a melhora da saúde biopsicossocial.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Dor; Dor Musculoesquelética; Limiar da Dor; Exercício Físico; Atleta; Modelos Biopsicossociais.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil

Autores

BRUNO FERREIRA DOS SANTOS, VICTOR HUGO DE JESUS FREIRE, BEATRIZ RODRIGUES DE ALMEIDA, SOANNE CHYARA SOARES LIRA