Dados do Trabalho


Título do trabalho

ANALISE DA FUNÇAO SEXUAL ENTRE DISCENTES UNIVERSITARIOS DA COMUNIDADE LGBTQIAPN+

Introdução

A saúde sexual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo, Assexuais, Pansexuais, Não binários e outras identificações de gênero e orientações sexuais (LGBTQIAPN+), não envolve somente as questões físicas, mas também psicológicas e sociais inerentes a estas identidades. Isso inclui acesso a serviços de saúde, educação sexual, direitos humanos, recursos para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, tratamento e serviços assistências para essa comunidade.1,2

Objetivo

Avaliar a função sexual dos discentes pertencentes à população LGBTQIAPN+ universitária.

Metologia

Trata-se de um estudo de caráter observacional, transversal com abordagem quantitativa e amostra por conveniência. Foram coletados, em ambiente virtual, no período de novembro de 2022 à maio de 2023, dados clínicos, sociodemográficos e de estilo de vida por meio de questionário desenvolvido pelos autores e dados referente à saúde sexual via Questionário Female Sexual Function Index3 e Índice Internacional de Função Erétil4, onde um resultado ≤ 26 indica risco de disfunção sexual.

Resultados

A amostra foi composta por 43 indivíduos, dos quais 61% (n=26) eram bissexuais, 30% (n=13) homossexuais, 7% (n=3) pansexuais e 2% (n=1) assexuais. Do público feminino houve risco de disfunção sexual nas orientações: bissexuais 72% (n=23) escore 24,02 ± 0,61, homossexuais 19% (n=6) escore 24,29 ± 1,13 e pansexuais 6% (n=2) com escore 24,4 ± 1,76. Dos indivíduos masculinos a orientação sexual bissexual apresentou maior risco de disfunção 27% (n=3) com escore de 24,05 ± 0,86.

Discussão

Souza et al. (2019) avaliaram a função sexual da população feminina, a amostra foi composta de 35 participantes, na faixa etária de 24,2 ± 4 onde, 16,2% eram homossexuais,15,2% bissexuais e 1,9% pansexuais. Tal estudo indicou ausência de disfunção sexual, com escore geral de 30,2 ± 3,5, entretanto, os achados opõem-se com os da presente pesquisa pois o escore geral foi de 24,09 ± 0,72, indicando risco de disfunção sexual. Não localizamos estudos avaliando a função sexual da população masculina.

Conclusão

Há risco elevado de disfunção sexual entre discentes LGBTQIAPN+, particularmente aqueles pertencentes a orientação sexual bissexual. Ressaltamos a importância do envolvimento das Instituições de Ensino Superior no protagonismo das ações voltadas à saúde sexual dessa população. Devido à escassez de literatura sugere-se a elaboração de questionários para avaliação da saúde sexual desta comunidade para estudos futuros.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Minorias Sexuais e de Gênero. Disfunções Sexuais Fisiológicas. Saúde Sexual. Comportamento Sexual.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Centro Universitário UniCuritiba - Paraná - Brasil

Autores

ELISSA MACHADO DA SILVA, Nayane Costa Serqueira, Nilton Cesar Svarcz, Bruna Isadora Thomé, Glenda Naila De Souza