Dados do Trabalho
Título do trabalho
PREVALENCIA DE INCONTINENCIA URINARIA E AVALIAÇAO DO CONHECIMENTO RELACIONADO AO ASSOALHO PELVICO EM MULHERES PRATICANTES DE VOLEIBOL NO MUNICIPIO DE RIBEIRAO PRETO-SP
Introdução
A prática de esportes, com intuito recreativo ou de competição, promove inúmeros benefícios, sendo recomendada como uma das ferramentas para uma vida saudável. Contudo, há uma forte evidência de que atividade esportiva de alto impacto, que envolve ações explosivas e que geram aumento frequente da pressão intra-abdominal, como o voleibol, tem o potencial de favorecer o desenvolvimento de disfunção do assoalho pélvico (AP), como a incontinência urinária feminina.
Objetivo
Verificar a prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de voleibol no município de Ribeirão Preto-SP, bem como investigar o seu conhecimento em relação ao assoalho pélvico e sua contração autorrelatada.
Metologia
Estudo transversal, no qual participaram mulheres praticantes de voleibol, amador e profissional, no município de Ribeirão Preto-SP. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Universitário Barão de Mauá (Parecer 6.114.649 de 13/06/2023). A coleta de dados foi realizada por meio do autopreenchimento de um questionário online, via Google Forms, que continha informações sobre o treinamento esportivo, a ocorrência de incontinência urinária e o conhecimento relacionado ao assoalho pélvico.
Resultados
Participaram do estudo 48 mulheres praticantes de voleibol, com idade média de 36,12 anos. Destas, 54%(n=26) apresentavam irregularidade menstrual e 48% (n=23) já engravidaram. O sintoma de perda de urina foi relatado por 44% (n=21) da amostra. Referente à avaliação do conhecimento, 73% (n=35) relataram saber o que é assoalho pélvico; 4% (n=2) têm ou já tiveram orientações sobre o tema durante os treinamentos e 77% (n=37) acreditam saber contrair os músculos do assoalho pélvico.
Discussão
A prática do voleibol demanda alto impacto e esforço físico intenso, o que pode sobrecarregar progressivamente o assoalho pélvico. Esse fato justifica a prevalência de 44% de incontinência urinária na amostra estudada. Ademais, evidenciou-se que a abordagem dessa temática é escassa nos momentos de treino, o que pode contribuir com o desconhecimento das atletas. Apesar da maioria autorrelatar que sabe contrair o assoalho pélvico, orientações específicas quanto ao seu treinamento são essenciais.
Conclusão
A prevalência de incontinência urinária é alta nas mulheres praticantes de voleibol amador e profissional. Temas relacionados ao assoalho pélvico e suas disfunções são pouco abordados durante os treinos, apontando a necessidade da equipe de treinamento implementar e sistematizar ações educativas e estratégias de prevenção, o que poderá favorecer o rendimento esportivo e a qualidade de vida das atletas.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Esporte. Voleibol. Assoalho pélvico. Incontinência urinária. Conhecimento. Mulheres.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Saúde da Mulher
Instituições
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUA - São Paulo - Brasil
Autores
HELLEN MARIA FEITOZA DE ALMEIDA, MARIA CAROLINA CECILIO, RITA DE CASSIA SÁ ALVES, DAIANE MARTINS DA SILVA, MARIA EDUARDA LOPES E SOUSA, GABRIELA TAYNARA BATISTA CALDAS, ELAINE CRISTINE LEMES MATEUS DE VASCONCELOS