Dados do Trabalho


Título do trabalho

FENOTIPO DE FRAGILIDADE E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS DO MEIO OESTE DE SANTA CATARINA

Introdução

Vivenciamos um processo de transição demográfica e epidemiológica com acentuada contração e envelhecimento populacional decorrente da queda nos índices de natalidade e mortalidade, assim como incremento da expectativa de vida. Tais condições contribuem para o aumento da população idosa e diante disso é importante identificar as vulnerabilidades em saúde para atuar de forma assertiva no planejamento de estratégias preventivas para os riscos dessa faixa etária.

Objetivo

O objetivo desse estudo foi caracterizar o fenótipo de fragilidade e da capacidade funcional de idosos e comparar em função do sedentarismo, doenças autorreferidas, polimedicação, quedas anteriores, exposição ao COVID-19 e assim descrever o possível impacto dessas condições para a independência funcional e da autonomia dessa população.

Metologia

Pesquisa observacional transversal, de abordagem descritiva e analítica desenvolvida de acordo com as diretrizes STROBE. Realizado avaliação dos critérios do fenótipo fragilidade física, da função pulmonar e da sarcopenia, além de variáveis sociodemográficas, comorbidades, polimedicação e quedas, para caracterização da amostra. Os resultados foram analisados estatisticamente e comparados por meio de testes não paramétricos e testes de associação adotando nível de significância em p ≤ 0,05.

Resultados

A amostra foi composta por 202 idosos, caracterizada por 49,5% na faixa de 80 anos ou mais, 57,4% eram do sexo feminino e dentre os critérios de fragilidade, 15,8% (n=32) eram “não frágeis”, 65,8% (n=133) “pré-frágeis” e 18,4% (n=37) “frágeis”. O nível de fragilidade dos idosos possuiu associação significativa com os eventos de quedas (p = 0,018), com a a prática de atividade física (p= 0,002), polimedicações (p = 0,030), sarcopenia (p=0,001) e tendência de associação para comobidades (p = 0,073).

Discussão

A fragilidade foi associada com menor atividade física, maior índice de quedas, mais uso de medicações, maior número de comorbidades e mais critérios sugestivos de sarcopenia, principalmente em mulheres. As associações foram independentes de faixa etárias a partir dos 60 anos. Idosos mais ativos apresentaram maior força muscular periférica e volume pulmonar.

Conclusão

Os dados do estudo fornecem subsídios para expressar as condições globais dessa população e proporcionaram evidências que suportam a importância da avaliação da dimensão físico-funcional mesmo em idosos mais jovens como um dos aspectos importantes dentro do envelhecimento bem-sucedido.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Fragilidade. Envelhecimento humano. Força Muscular.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade do Meio Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

ANA LIVIA FERREIRA DE SOUZA, KELLY CAROLINE BROETTO, EDUARDA WALTER SERAFINI, Chrystianne Barros Saretto