Dados do Trabalho


Título do trabalho

LIMIAR DE DOR A PRESSAO E AMPLITUDE DE MOVIMENTO CERVICAL EM INDIVIDUOS COM CERVICALGIA INESPECIFICA APOS TERAPIA MANUAL NO MUSCULO DIAFRAGMA: SERIE DE CASOS

Introdução

A percepção da dor pode ser considerada uma das indispensáveis funções do diafragma, a qual recebe inervação vagal e pelo nervo frênico - originado dos ramos inferiores dos segmentos vertebrais de C3 a C5. Alterações no músculo diafragma, podem transmitir informações para a medula e nervos que estão relacionados ao local de origem do nervo frênico, como os nervos acessório e dorsal da escápula, levando a disfunções em estruturas por eles inervados como o músculo trapézio na coluna cervical. O número de casos prevalentes de cervicalgia em todo o mundo foi estimado em 288,7 milhões, com isso, torna-se importante estratégias de intervenção que possam auxiliar no manejo clínico no âmbito da fisioterapia.

Objetivo

Avaliar o limiar de dor a pressão e amplitude de movimento cervical em indivíduos com cervicalgia inespecífica após terapia manual no músculo diafragma.

Metologia

Trata-se de uma série de casos, aprovada pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitários Avantis – UNIAVAN sob o número 5.950.670. Participaram do estudo indivíduos com cervicalgia inespecífica por mais de três meses, de ambos os sexos e com idade superior a 18 anos. Foram aplicados os instrumentos de avaliação (Algômetro de Pressão na região em processo transverso de T3 e Goniômetro Universal nos movimentos de flexão, extensão e inclinação) antes e imediatamente após a técnica. A terapia manual aplicada no músculo diafragma foi baseada no estudo de Bordoni (2016) nas posições de decúbito ventral, dorsal e lateral direito/esquerdo. Os dados foram analisados no SPSS versão 20.0 e utilizada a estatística descritiva por meio de média e desvio padrão, bem como, estatística inferencial por meio do teste T de Students.

Resultados

A amostra foi composta por 18 participantes, destes, três foram do sexo masculino e 15 do sexo feminino. A média pré do limiar de dor a pressão foi de foi de 4,35±2,72 kgf e pós 5,67±3,64 kgf, resultando no aumento do limiar de dor a pressão (p=0,04). A média pré de flexão cervical foi de 37,44±9,00 graus e pós de 44,83±10,81 apresentando aumento (p=0,001), em contrapartida, a extensão não apresentou diferença significativa (p=0,13), mesmo apresentando maior valor após a intervenção (pré 41,27±7,85 graus e pós 43,44±6,86 graus). A média pré da inclinação lateral direita foi de 33,44±5,37 graus e pós 38,72±2,53 graus, e por fim, a média pré da inclinação lateral esquerda foi de 34,72±5,80 graus e pós 39,27±2,16 graus, ambos apresentando aumento significativo (p=0,001).

Discussão

Nasir et al., (2020) observaram redução significativa na intensidade da dor e nos níveis de incapacidade do pescoço em 3 e 12 semanas, com melhores resultados no grupo que recebeu fisioterapia e terapia manual em relação somente ao grupo fisioterapia.

Conclusão

Diante do exposto pode-se concluir que a terapia manual no músculo diafragma aumentou a tolerância a dor e melhorou a amplitude do movimento de flexão, inclinações e rotações cervical, porém, não aumentou a extensão cervical em indivíduos com cervicalgia inespecífica.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Fisioterapia. Cervicalgia. Terapia Manual.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Categoria

Fisioterapia Musculoesquelética

Instituições

Centro Universitário Avantis - Santa Catarina - Brasil

Autores

MAYANE DOS SANTOS AMORIM BOTTI, Jacqueline Peruzzi Fioravante, Bruna Gabrieli Dambros, Morgana Amanda Vequi, Altair Argentino Pereira Júnior