Dados do Trabalho
Título do trabalho
AVALIAÇAO DO NIVEL FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL CADEIRANTES, FREQUENTADORAS DE CLINICAS DE FISIOTERAPIA EM ARACAJU – SE
Introdução
A Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão no cérebro imaturo, com predominante distúrbio do desenvolvimento motor resultando em alterações na biomecânica corporal que necessita do uso de cadeiras de rodas, para mobilidade dessas crianças, no entanto, quando não prescrita da forma apropriada, pode acarretar e potencializar alterações posturais e o surgimento de contraturas e deformidades que podem interferir na sua funcionalidade e qualidade de vida.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar o nível funcional e qualidade de vida de crianças com Paralisia Cerebral, que utilizassem cadeiras de rodas, frequentadoras de clínicas de Fisioterapia em Aracaju-SE.
Metologia
Este estudo foi realizado no período de Jan/Dez de 2014, em sete clínicas do município de Aracaju-SE, sendo avaliadas 50 crianças (02 a 12 anos; ambos os gêneros), por meio do Questionário de qualidade de vida SF-36 e Gross Motor Function Classification System. A análise foi realizada pelo teste Kruskal Wallis e pós teste Dunn’s, além de correlação de Spearman e Qui-quadrado, após normalidade da amostra, com nível de significância de p < 0,05.
Resultados
Na GMFCS evidenciou-se que 2% das crianças apresentaram-se no nível III, 22% nível IV e 76% nível V (p<0,001). No questionário SF-36, obteve-se diferenças significativas em sete domínios que interferiram na capacidade funcional. Na correlação GMFCS e SF-36, demonstrou-se negativa correlação baixa entre os escores (r =-0.29; p= 0,04). Correlacionando capacidade funcional e GMFCS, encontrou-se negativa correlação moderada (r=-0,48; p=0,003).
Discussão
Observa-se no presente estudo que a qualidade de vida está diretamente relacionada com a restrição das habilidades funcionais, dado que revelou na média dos escores do SF-36 alteração negativa no domínio capacidade funcional, justificando o uso da cadeira de rodas em crianças com nível III, IV e V conforme GMFCS. Sendo assim, certifica-se que quanto maior o nível do GMFCS, menor função motora grossa e menor é a qualidade de vida, principalmente na capacidade funcional.
Conclusão
Portanto, conclui-se que as crianças que possuíam maior nível na GMFCS, apresentaram diminuição na capacidade funcional e qualidade de vida.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Aparelhos Ortopédicos; Paralisia Cerebral; Qualidade de Vida
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Neurofuncional
Instituições
Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil
Autores
CARLOS HENRIQUE DA SILVA MARCELINO, Luana Batista De Santana, Kathlen Cruz Almeida, Edna Aragão Farias Cândido