Dados do Trabalho


Título do trabalho

TRATAMENTO CIRURGICO PARA INCONTINENCIA URINARIA: O QUANTO PODE SER EVITADO?

Introdução

A fisioterapia é considerada padrão ouro para tratamento das diferentes formas de apresentação da Incontinência Urinária (IU) feminina. Entretanto, devido ao desconhecimento dos pacientes, atraso na busca por acompanhamento, avaliação e diagnóstico da patologia, os sinais e sintomas são agravados e o tratamento cirúrgico passa a ser necessário. Dessa forma, as pacientes são expostas complicações decorrentes do procedimento, como lesões vesicais, infecções urinárias, recidiva dos sintomas e outros.

Objetivo

Investigar a prevalência de procedimentos cirúrgicos para tratamento da IU no Rio Grande do Sul entre o período de maio de 2022 a maio de 2023.

Metologia

Trata-se de um estudo descritivo e documental realizado na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. As buscas foram realizadas na categoria ‘Produção Hospitalar’, utilizando-se de dados consolidados por local de internação, no estado do Rio Grande do Sul. Os critérios utilizados foram internações para tratamento cirúrgico de IU via abdominal ou por via vaginal entre maio de 2022 a maio de 2023.

Resultados

O número total de internações para realização de tratamento cirúrgico de IU no período pesquisado foi de 616, sendo 71 por via abdominal e 545 por via vaginal. Durante o mês de dezembro/2022 houveram 61 internações (7 por via abdominal e 54 por via vaginal) sendo o mês com maior número de intervenções. Já maio/2022 foi o mês com menor número de internações totalizando 24 internações (2 procedimentos via abdominal e 22 por via vaginal).

Discussão

A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada para o sistema de saúde e a regulação dos casos deve ocorrer através das Redes de Atenção à Saúde. No nível da APS, os profissionais devem ser capazes de identificar fatores de risco e estadiamento da IU, uma vez que há melhor prognóstico quando casos são encaminhados nos sintomas iniciais. Ademais, a fisioterapia pode tratar e reverter a IU sem necessidade de cirurgia, reestabelecer aspectos fisiológicos e reabilitar casos pós operatórios.

Conclusão

Embora a IU possa ser tratada pelo fisioterapeuta, o desconhecimento acerca do papel do profissional no manejo da condição e a demora para a conclusão do diagnóstico ainda se apresentam como empecilho na procura por acompanhamento. O tratamento conservador para IU por meio do Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP) é resolutivo e eficaz, entretanto, muitas pacientes ainda necessitam da intervenção cirúrgica.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Fisioterapia; Incontinência Urinária; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios.

Área

Revisão bibliográfica

Instituições

Universidade Federal de Santa Maria - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ERISVAN VIEIRA DA SILVA, Elidiane Emanueli Ficanha, Melissa Medeiros Braz, Hedioneia Maria Foletto Pivetta