Dados do Trabalho
Título do trabalho
DETERMINAÇAO DO TAMANHO AMOSTRAL NECESSARIO PARA AVALIAR A AUTOEFICACIA DA DOR DE PESSOAS COM DOR FEMOROPATELAR: UM ESTUDO PILOTO
Introdução
A dor femoropatelar (DFP) é uma desordem musculoesquelética crônica, que pode ser influenciada por fatores físicos e psicológicos. Dentre os fatores psicológicos, a autoeficácia da dor vem ganhando destaque na literatura por sua associação com resultados positivos de saúde física e mental em pessoas com dores crônicas musculoesqueléticas. Na área da DFP, há poucas evidências que exploram esse desfecho, sendo atualmente considerada como prioridade de pesquisa.
Objetivo
O objetivo desse estudo piloto é verificar a viabilidade da análise de comparação do nível de autoeficácia de pessoas com e sem DFP e sua correlação com desfechos clínicos e psicológicos, a serem realizadas em um estudo futuro. Além disso, a partir desse estudo piloto será realizado um cálculo amostral para análises que visam utilizar a variável autoeficácia da dor como desfecho primário.
Metologia
Vinte e seis pessoas com DFP e 26 sem DFP foram incluídas. A variável “autoeficácia da dor” foi avaliada com a Escala de Autoeficácia da Dor (CPSS). A diferença média entre os grupos e os desvios padrões foram utilizados para determinar o tamanho de efeito, assumindo um poder de 80% (1-β=0.80) e α=0.05, considerando teste t bicaudal não pareado. O cálculo amostral foi realizado utilizando a ferramenta de análises estatísticas G*Power.
Resultados
A média da pontuação da CPSS para o grupo com DFP foi de 254,03, com desvio padrão de 49,71 e, para o grupo sem DFP, de 278,51 com desvio padrão de 39,27. A diferença média encontrada entre os grupos foi de -24,48 (t(50)=-1,971; p=0,054), com tamanho de efeito moderado de 0,54. A amostra estipulada para estudos futuros que visem utilizar a autoeficácia da dor como a variável de interesse, determinada pelo cálculo amostral foi de 110 pessoas (55 com DFP e 55 sem DFP).
Discussão
Apesar de pessoas com DFP apresentarem níveis mais baixos de autoeficácia, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,054) nesse desfecho. O número baixo de pessoas em cada grupo, próprio da característica de um estudo piloto, pode ter contribuído para esse resultado. O objetivo desde estudo foi alcançado, sendo estipulado um n amostral de 55 pessoas por grupo para estudos futuros que utilizem a variável autoeficácia da dor como principal desfecho.
Conclusão
Apesar de não haver diferença estatisticamente significante, pessoas com DFP apresentaram menores níveis de autoeficácia da dor. Um menor nível de autoeficácia da dor pode influenciar no enfrentamento da dor e na aderência ao tratamento, porém, estudos devem ser realizados para comprovar essa hipótese. Esse estudo contribui fortemente com pesquisadores da área da DFP que pretendem utilizar a autoeficácia da dor como principal desfecho, devendo assumir um n amostral de, no mínimo, 110 pessoas.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
dor femoropatelar; autoeficácia da dor; fatores psicológicos; estudo piloto
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Musculoesquelética
Instituições
Universidade Estadual Paulista - São Paulo - Brasil
Autores
THEO MUNIZ DE SOUZA BORGES DA SILVA, Vitória Ozores Perez, Liliam Barbuglio Del Priore, Gleison Gustavo Moraes da Silva, Fábio Mícolis de Azevedo