Dados do Trabalho

Título do trabalho

NIVEL DE AUTOEFICACIA DA DOR EM PESSOAS COM E SEM DOR FEMOROPATELAR: UM ESTUDO PRELIMINAR

Introdução

A dor femoropatelar (DFP) é uma desordem musculoesquelética crônica influenciada por fatores físicos e psicológicos. A autoeficácia da dor, entre os fatores psicológicos, apresenta destaque na literatura devido à sua associação com bons resultados de saúde em pessoas com dores crônicas musculoesqueléticas. Quando a temática central é a DFP, há uma escassez de evidências capazes de relacionar quantitativamente tal desordem com o desfecho autoeficácia da dor.

Objetivo

O objetivo desse estudo é comparar os níveis de autoeficácia da dor, função objetiva, cinesiofobia, ansiedade e depressão, catastrofização da dor e a dor autorreportada de pessoas com e sem DFP para verificar a viabilidade da realização de um estudo futuro mais robusto acerca do tema.

Metologia

Vinte e seis pessoas com DFP e 26 sem DFP foram incluídas. As variáveis de interesse foram avaliadas pelas ferramentas: Escala de Autoeficácia da Dor; Escala de Dor Anterior no Joelho; Escala Tampa de Cinesiofobia; Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão; Escala de Catastrofização da Dor; e Escala Visual Analógica. Para análise dos dados, um teste t de Student para amostras independentes foi executado, com um intervalo de confiança (IC) de 95% para a diferença média do grupo com e sem DFP.

Resultados

Pessoas com DFP apresentaram pior função objetiva (t(50)=-10,72; p<0,001), cinesiofobia (t(50)=2,110; p=0,04), depressão (t(50)=2,507; p=0,016), catastrofização da dor (t(50)=5,645; p<0,001) e dor autorreportada (t(50)=8,447; p<0,001) do que pessoas sem DFP. Apesar de as pessoas com DFP apresentarem menor autoeficácia da dor e maior ansiedade, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos ((t(50)=-1,971; p=0,054) e (t(50)=1,751; p=0,086, respectivamente).

Discussão

Esse estudo demonstrou que pessoas com DFP apresentam piores níveis nos fatores psicológicos quando comparados a pessoas sem DFP. Questiona-se se o resultado encontrado no nível de autoeficácia da dor e ansiedade pode ter sido influenciado pelo pequeno tamanho amostral. Evidências apontam que fatores psicológicos podem influenciar o prognóstico da DFP, estando eles associados a maiores níveis de dor e menor função nessa população, o que ainda não pode ser afirmado sobre a autoeficácia da dor.

Conclusão

Esse trabalho preliminar demonstrou que fatores psicológicos podem estar alterados em pessoas com DFP, quando essa população é comparada ao grupo sem DFP. Assim, corroborando com pesquisas atuais e estimulando uma maior investigação da autoeficácia da dor e sua associação com outros fatores em pessoas com DFP.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

dor femoropatelar; autoeficácia da dor; fatores psicológicos; estudo preliminar