Dados do Trabalho


Título do trabalho

O USO DA REALIDADE VIRTUAL COMO ESTRATEGIA PARA REDUZIR A HIPERVIGILANCIA E A CATASTROFIZAÇAO DA DOR DURANTE O EXERCICIO: UM RELATO DE CASO

Introdução

Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (2020), a dor é uma
experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou
potencial dos tecidos. A dor é sempre uma experiência pessoal que é influenciada, em graus
variáveis, por fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Objetivo

Relatar os benefícios da realidade virtual associado ao exercício como estratégia
para reduzir a hipervigilância e a catastrofização da dor de uma paciente da Clínica Escola de
Fisioterapia da Unoesc (CEF).

Metologia

Trata-se de um relato de caso de uma paciente de 55 anos com diagnóstico
nosológico de Lombociatalgia crônica (CID10M544), que buscou atendimento
fisioterapêutico com queixa de dor na coluna, desde 2019, com dificuldade em realizar as
atividades de vida diária. Relata dor EVA 8 ao repouso e 10 ao movimento, principalmente
para extensão de tronco. Apresenta características de hipervigilância e catastrofização a dor,
observados durante a anamnese, exame físico e através da aplicação da Escala de
pensamentos catastróficos (39 pontos), Escala de Tampa para cinesiofobia (47 pontos:
cinesiofobia moderada) e Questionário de Sensibilização Central (79 pontos: paciente
apresenta sensibilização central). A paciente foi submetida a 4 atendimentos, realizados por
duas acadêmicas do 6 período de fisioterapia, sob supervisão dos docentes. Sendo um dia
para a avaliação, demais dias para tratamento, com protocolo de atendimento visando a
redução da hipervigilância à dor, com o treino aeróbico na bicicleta ergométrica, por 10
minutos, com óculos de realidade virtual, simulando um passeio de bicicleta.

Resultados

Pedalou durante os 10 minutos propostos, com boa amplitude de flexão de
quadril e joelhos, de forma animada, informando o que via de paisagens. Não relatou dor
durante o exercício e na escala de Borg modificada (0 a 10) após o exercício ficou entre 5
(leve moderado) a 6 (moderado). Ao final, a paciente relatou que gostou da experiência e que
a realidade virtual tornou o exercício mais “divertido”.

Discussão

A realidade virtual é um recurso que permite a realização com mais prazer do
paciente, oferecendo outras direções e estímulos, sejam eles sensitivos, auditivos ou visuais,
que podem auxiliar na redução da hipervigilância e catastrofização da dor por diminuírem a
capacidade cognitiva de processamento da dor, bem como as suas experiências de dor.

Conclusão

A realidade virtual permitiu que a paciente realizasse todo o exercício, sem dor.
Deste modo, ela pode ser uma estratégia para a adesão e o tratamento de pacientes com
hipervigilância e catastrofização da dor.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

dor, hipervigilância, catastrofização, realidade virtual.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

UNOESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

TAINARA GRANDO