Dados do Trabalho


Título do trabalho

CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVIDUOS AMPUTADOS DE NIVEL MENOR DO MEMBRO INFERIOR DE CAUSA VASCULAR NO POS-OPERATORIO IMEDIATO E TARDIO.

Introdução

As amputações de nível menor estão associadas a doenças vasculares e apresentam um alto risco de reamputação, o que pode resultar em limitações significativas nas funções de locomoção e postura.

Objetivo

Avaliar a capacidade funcional de indivíduos amputados de nível menor do membro inferior de causa vascular no pós-operatório imediato e tardio.

Metologia

Pesquisa longitudinal do tipo coorte, com abordagem quantitativa. Participaram do estudo indivíduos em fase POi de amputação de nível menor de MI por causa vascular em um hospital público de Santa Catarina. A amostragem foi não probabilística por conveniência, de acordo com os critérios de elegibilidade. Como instrumentos utilizou-se: Ficha de Coleta de Dados Sociodemográficos e Clínicos; Índice de Barthel Modificado (IBM) para avaliar a capacidade funcional.

Resultados

Participaram do estudo 24 indivíduos, avaliados no POi e 23 no POt. A maior parte da amostra era do sexo masculino (79,2%) e idoso (75,0%), com média de idade de 63,7 anos. Idosos de 60-69 anos apresentaram capacidade funcional mais alta, quando comparados a idosos de 70 anos ou mais.

Discussão

Com relação ao objetivo primário proposto neste estudo, identificou-se que a maioria tinha algum nível de dependência funcional no POi e no POt. Durante o período de recuperação pós-operatória tardia, observou-se um aumento significativo na frequência de dependência leve, indicando uma melhora gradual na capacidade funcional ao longo de seis meses quando comparado ao POi. Compreender a capacidade funcional de pessoas recém-amputadas envolve explorar o impacto que a amputação tem em suas AVDs, permitindo ajustes essenciais nos processos de cuidados em saúde. Segundo Wu (2018), o resultado da capacidade funcional pode ser decorrente de características pré-operatórias como idade, nível de atividade física e comorbidades, associada a variáveis do pós-operatório como técnica cirúrgica realizada, limitação postural e adaptação de atividades promovidas.

Conclusão

A maior parte dos participantes amputados eram dependentes leve e moderado na fase POi e dependentes leve na fase POt, demonstrando uma mudança em relação à capacidade funcional no decorrer do tempo de seis meses, apesar das pontuações do IBM não demonstrarem diferenças significantes entre esses períodos. A AVD de subir e descer escadas foi descrita como dificultador tanto no POi quanto no POt.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Amputação; Doenças vasculares; Estado funcional; Serviço hospitalar de fisioterapia.

Área

Estudo de coorte

Instituições

UDESC/CEFID - Santa Catarina - Brasil

Autores

TUANE SARMENTO, Soraia Cristina Tonon da Luz, Gesilani Júlia da Silva Honório, Tayla Siqueira Ruy, Amanda Medeiros, Amanda Piazza