Dados do Trabalho


Título do trabalho

FISIOTERAPIA NO TRAUMATISMO CRANIO ENCEFALICO: RELATO DE CASO

Introdução

O traumatismo cranioencefálico (TCE) pode resultar em disfunções severas e duradouras. O grau de comprometimento dependerá de fatores tais como: extensão da lesão, local, gravidade e quantidade de danos ao tecido neural (COTRENA 2014). Santana (2018), diz que a fisioterapia permite ao paciente se ajustar à nova realidade, melhorar a função e prevenir complicações. O fisioterapeuta seleciona tarefas motoras, orienta o desenvolvimento de habilidades, dá feedback e promove independência.

Objetivo

Demonstrar a evolução físico-funcional de um voluntário vítima de Traumatismo Cranioencefálico, sequela de hemiparesia esquerda, atendido na Clínica Escola da Universidade Regional Integrada e das Missões, na cidade de Erechim (RS).

Metologia

O presente estudo é um relato de caso retrospectivo, no qual foram revisados os prontuários de avaliação e evolução de um voluntário de 35 anos, sexo masculino, vítima de TCE fronto-temporo-parietal, no período de maio de 2022 a junho de 2023. O tratamento fisioterapêutico consistiu em treinos de marcha, exercícios de equilíbrio, força e propriocepção, baseado nos Conceitos Bobath e FNP, com objetivo de inibir padrões anormais, facilitar movimentos e devolver habilidades e funções.

Resultados

O voluntário apresentou melhora qualitativa da marcha, da propriocepção, do controle e alinhamento de tronco. Nas AVD´s passou de dependência severa (28 pontos), para dependência leve (94 pontos) no Í. de Barthel. Na flexão de ombro recuperou 40º (110/150º), na abdução de ombro 25º (130/155º). A E. de Berg passou de 40 (risco de quedas 92%), para 55 (risco de quedas 10%). Força muscular em MSE e MIE de 4 para 5 na E. de Kendall. Espasticidade grau 1+ (Aschworth) em bíceps braquial esquerdo.

Discussão

De Sá (2022) aponta que a fisioterapia contribui para a reabilitação motora e cognitiva no TCE, porém é necessário que o tratamento seja feito de forma prolongada e contínua visando trabalhar a funcionalidade do paciente, buscando o resgate de seu potencial, favorecendo de forma significativa a sua reinserção no contexto social. Estes dados corroboram nosso relato de caso, haja vista que o voluntário está sendo acompanhado há um ano e ainda tem metas a atingir, mesmo com boa melhora.

Conclusão

Observou-se que as intervenções fisioterapêuticas sugerem melhora significativa em relação à autonomia da marcha, ganho de equilíbrio, propriocepção, controle de tronco, força muscular, ganho de amplitude de movimento e AVD’́s. Dessa forma, verifica-se a eficácia do tratamento em longo prazo, resultando no progressivo desenvolvimento e melhora da qualidade de vida e funcionalidade do voluntário.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Traumatismo crânio encefálico; Tratamento fisioterapêutico; Reabilitação.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

LUANA PIETZKE, ALANA ÂNGELA GASPARIN, MÁRCIA BAIRROS CASTRO