Dados do Trabalho


Título do trabalho

EFEITOS DAS CORRENTES DE BAIXA E MEDIA FREQUENCIA NA INTENSIDADE DA DOR E LIMIAR DE DOR A PRESSAO EM MULHERES COM DOR CERVICAL

Introdução

A dor cervical é uma condição que causa importantes níveis de incapacidade e prejuízos à qualidade de vida, sendo mais prevalente em mulheres. Em uma abordagem multimodal para esta condição, a eletroterapia é um recurso amplamente utilizado para analgesia. No entanto, atualmente existem diferentes tipos de correntes que podem ser utilizadas com esta finalidade e identificar a superioridade de efeito entre elas pode auxiliar os profissionais na escolha do recurso a ser utilizado.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi analisar o efeito agudo de uma sessão com correntes de baixa (TENS) e média frequência (Aussie) sobre a intensidade da dor cervical e o limiar de dor à pressão (LDP) nos músculos esternocleidomastoideo (ECM) e trapézio superior (TS) de mulheres com dor cervical. A hipótese inicial foi que a corrente Aussie seria mais eficaz devido ao alcance de camadas musculares mais profundas pelas correntes de média frequência.

Metologia

Estudo aleatorizado, controlado e cego com 30 mulheres, apresentando dor cervical, aleatorizadas em Grupos Controle (GC), TENS (GT) e Aussie (GA). A intensidade (EVA) e o limiar de dor por pressão (Dinamômetro DDK/20 – Kratos®) foram registradas imediatamente antes e após a eletroestimulação aplicada em uma única sessão nos ventres do ECM e TS por 20 minutos no GT (10 Hz; 250µs; limiar sensorial) e GA (4 KHz; burst de 4 ms e 100Hz; limiar sensorial). O GC permaneceu em repouso por 20 minutos.

Resultados

Uma ANOVA de medidas repetidas foi aplicada aos dados. Não foram encontradas interações entre intervenção e grupo, nem efeito principal na análise estatística. Não houve diferença significativa tanto entre as avaliações pré e pós, quanto no grupo e na interação entre eles (GC, GT e GA).

Discussão

Estudos anteriores apresentam resultados contraditórios sobre os efeitos destas correntes para analgesia. Quanto à TENS, deve-se considerar que foi aplicada no limiar sensorial, o que pode ter limitado seus efeitos. As participantes apresentavam intensidade de dor inicial de leve a moderada, o que também pode ter interferido no efeito da intervenção. Por fim, o tempo de tratamento pode não ter sido suficiente para modificar o LDP, visto que a maioria dos estudos utilizou mais sessões.

Conclusão

Não foram identificados efeito imediato nem diferença entre as correntes Aussie e TENS para redução da intensidade da dor cervical, nem aumento do LDP em ECM e TS em mulheres com dor cervical.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Analgesia, Dor, Recursos eletrofíscios.

Área

Estudo randomizado

Instituições

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade de Filosofia e Ciências – Campus de Marília. Marília – São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

RENATA CRISTINA RODRIGUES, MELISSA NAHOMI KURODA, ROBERTA DE MELLO PINHO VENCHIARUTTI, GISELE GARCIA ZANCA, GUILHERME THOMAZ DE AQUINO NAVA, NATHALIE ZAMBALDI GUIMARÃES, CRISTIANE RODRIGUES PEDRONI