Dados do Trabalho

Título do trabalho

AVALIAÇAO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM INDIVIDUOS COM COVID LONGA DE UMA POPULAÇAO AMAZONICA

Introdução

A região amazônica, destacou-se como epicentro da COVID-19 no ano de 2021, sendo o Pará um dos estados com maior número de casos e mortes por milhão de habitantes no mundo. Entretanto, poucos são os dados de monitoramento para a elucidação do perfil epidemiológico e consequentes repercussões da COVID longa, que manifesta-se como uma condição multissistêmica variada, que afeta a capacidade funcional dos indivíduos acometidos, tornando-se um novo desafio a ser enfrentado.

Objetivo

Avaliar a capacidade funcional de indivíduos com COVID longa em uma amostra na população amazônica.

Metologia

O estudo é transversal descritivo e analítico, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer nº 5.694.267. A amostra foi composta por 38 indivíduos de ambos os sexos e residentes do estado do Pará, avaliados por meio da Escala funcional pós COVID (PCFS), Escala Medical Research Council modificada (mMRC) e Teste de sentar e levantar de 1 minuto (TSL1). A análise estatística foi realizada no programa Jamovi 2.3 e os dados estão apresentados em porcentagem, média e desvio padrão.

Resultados

A amostra foi composta de indivíduos com média de idade de 54 ± 9 anos, onde a maioria eram mulheres (76%). Na PCFS cerca de 45% dos indivíduos se enquadraram no Grau 2, indicando limitações funcionais leves, já na escala mMRC 31% dos pacientes apresentou grau 1, demonstrando falta de ar ao subir escadas e caminhadas em ritmo acelerado. Por conta de problemas logísticos, apenas 25 pacientes completaram o TSL1 e obtiveram em média 16±6 repetições, no qual o padrão de normalidade é 21 repetições.

Discussão

Os resultados analisados, apresentam de forma predominante limitação funcional leve nos pacientes, corroborando com estudos anteriores, no qual manifestam dentre os principais sintomas: fadiga e dispneia ao realizar pequenos esforços. Sendo assim, atuando de maneira isolada ou em conjunto, estes sintomas afetam o funcionamento físico, levando à uma deterioração da capacidade funcional e consequentemente, afetando a qualidade de vida.

Conclusão

Em nossa amostra de indivíduos da região amazônica com COVID longa houve uma redução da capacidade funcional quando analisados pelo TSL1, além de limitações funcionais leves e dispneia ao realizarem caminhadas mais rápidas ou subirem pisos com inclinações analisados pela PCFS e mMRC respectivamente.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

COVID Longa; Estado funcional; Dispnéia.