Dados do Trabalho


Título do trabalho

ACESSIBILIDADE E AS PRATICAS DE EDUCAÇAO EM SAUDE POR MEIO DA CLASSIFICAÇAO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAUDE (CIF) DE PESSOAS USUARIAS DE CADEIRA DE RODAS MANUAIS.

Introdução

As pessoas com deficiência física usuárias de cadeira de rodas estão cercadas por barreiras ambientais e sociais. As práticas em reabilitação se estruturam não apenas para que a pessoa alcance um desempenho satisfatório quanto à sua funcionalidade e independência, mas também para que usufrua de melhores condições de vida. Mas, o direito básico à acessibilidade urbana e o acesso às práticas de educação em saúde ainda são um desafio para as pessoas usuárias de cadeira de rodas manuais no Brasil.

Objetivo

Obter uma compreensão aprofundada da acessibilidade e das práticas de educação em saúde por meio da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) de pessoas usuárias de cadeiras de rodas manuais.

Metologia

Trata-se de uma pesquisa exploratória e qualitativa. Os participantes da pesquisa foram pessoas com deficiência física adquirida, usuárias de cadeiras de rodas manual, maiores de 18 anos que concordaram em participar da pesquisa após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O instrumento de pesquisa foram as entrevistas semiestruturadas aos participantes com questões em torno dos domínios dos componentes ambientais da CIF. Esse projeto foi aprovado no CEP 4.821.295 e teve financiamento do UNIEDU.

Resultados

Foram identificadas as seguintes categorias: Acessibilidade e Práticas de Educação em Saúde. Em Acessibilidade: “Não vivo plenamente. Não tenho acesso aos espaços”. (P1); “A arquitetura da cidade é péssima”. (P5); “Eu não sou deficiente, o local que eu vou é deficiente”. (P7). Em Práticas de Educação em Saúde: “Eu tive que reaprender totalmente tudo”. (P2); “Para empinar, descer degrau, aprendi lá na reabilitação.” (P5); “Na fisioterapia estão me ajudando.” (P7).

Discussão

Os participantes expuseram como a falta de acessibilidade urbana afeta suas percepções do espaço físico e de participação social. Embora a acessibilidade seja um direito garantido por lei (ABNT NBR 9050), percebe-se que os espaços não são projetados para o oferecimento de acessibilidade às pessoas com deficiência física. A educação em saúde destaca a extrema importância das orientações adequadas para esta população, para que assim se garanta o direito à mobilidade por completo.

Conclusão

Este estudo investigou a acessibilidade e as práticas de educação em saúde usando a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) de pessoas usuárias de cadeira de rodas manuais. Através dos resultados, destacaram-se a falta de mobilidade urbana e seu impacto no dia a dia desses indivíduos e, ressaltou a importância das adequadas orientações para a garantia do direito à mobilidade, garantindo a participação dessas pessoas em todos os âmbitos sociais.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Participação social; Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde; Usuários de cadeiras de rodas manuais.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

UNIVALI - Santa Catarina - Brasil

Autores

CAMILA CRISTINE TAVARES, FABIOLA HERMES CHESANI, MARIGLEICE PAULINE STOLBEN, LAURA CRISTINA GAI, RAIANE HENRIQUES DA SILVA