Dados do Trabalho


Título do trabalho

AVALIAÇAO DA VULNERABILIDADE CLINICO-FUNCIONAL DE IDOSOS E IMPACTO NA ROTINA DE CONDUÇAO VEICULAR

Introdução

No artigo segundo da lei Nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, lei que dispõe sobre a Política nacional do idoso, é considerada idosa, a pessoa que tenha idade igual ou superior a 60 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um nível biológico, o envelhecimento resulta do impacto da acumulação de uma grande variedade de danos moleculares e celulares ao longo do tempo, isso leva a uma diminuição gradual da capacidade física e mental, um perigo crescente de doenças e, em última instância, à morte.Segundo a OMS, o ritmo de envelhecimento da população em todo o mundo está aumentando drasticamente. Em 2050, 80% de todos as pessoas idosas viverão em países de baixa e média renda (OMS, 2018).O Brasil possui mais de 28 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, número que representa 13% da população do país.

Objetivo

Avaliar o perfil de vulnerabilidade clínico funcional dos idosos condutores, bem como os componentes mais afetados da IVCF-20 de idosos que dirigem e não dirigem.

Metologia

Buscou-se avaliar o perfil de vulnerabilidade de voluntários idosos através da IVCF-20 e questionário qualitativo sociodemográfico e de aptidão veicular através de formulário eletrônico. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Sorocaba, sob o parecer n. 4.393.381 e CAAE 38556220.8.0000.5500.O recrutamento da amostra se deu a partir da divulgação da pesquisa por meios eletrônicos e digitais, convidando os voluntários para o preenchimento do formulário eletrônico.

Resultados

Ao fim do período de coleta de dados, 39 idosos haviam respondido ao formulário, dos 39, 2 não preenchiam aos critérios de elegibilidade da pesquisa, 2 responderam ao questionário de forma errônea, totalizando o total de 35 idosos elegíveis, sendo 20 não-condutores e 15 condutores.Os grupos analisados apresentaram na pontuação final da IVCF-20, média de 11,5 ± 10,86 em idosos não condutores, e 2 ± 2,98 para idosos condutores (p<0,0001).

Discussão

Sugere-se que idosos não condutores se encontram em situação de vulnerabilidade clínico funcional, causada por vários fatores extrínsecos e intrínsecos, onde comorbidades, estado civil, gênero, nível de escolaridade, humor, déficits cognitivos e influenciam direta e indiretamente em sua qualidade de vida. Além disso, as comorbidades são importantes fatores que influenciam na percepção da qualidade de vida dos idosos.Existem indícios de que quanto maior o número de doenças pior é a percepção da QV (CAMELLO,BLAIR,2016).

Conclusão

Conclui-se que idosos condutores se apresentam com baixo risco de vulnerabilidade clínico funcional, se comparado a idosos não condutores. Apesar disso, o grupo possui a necessidade de atenção e prevenção para melhoria de sua qualidade de vida e melhor desempenho no trânsito. Idosos não condutores necessitam de maior atenção, pois constata-se que esse grupo apresenta maior índice de vulnerabilidade clínico funcional, impossibilitando-os a realização de atividades de vida diária, independência e autorrealização.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Geriatria,Fragilidade,Aptidão veicular

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Categoria

Fisioterapia em Gerontologia

Instituições

Centro Universitário Max Planck - São Paulo - Brasil

Autores

MONIK ROSA AGUIAR, Alline Fernanda de Barros Camargo