Dados do Trabalho
Título do trabalho
AVALIAÇAO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATORIA EM PESSOAS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRONICA
Introdução
A Iniciativa Global para a doença pulmonar obstrutiva crônica (GOLD, 2022) define a doença como uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios crônicos, como dispneia, tosse e escarro, por causa de anormalidades nas vias aéreas causando obstrução ao fluxo aéreo de forma persistente e até progressiva. Também apresentam acometimentos sistêmicos como fraqueza importante dos músculos respiratórios e periféricos. Avaliações regulares tornam-se essenciais neste quesito.
Objetivo
Comparar os valores obtidos da força muscular respiratória com os valores preditos em pessoas com a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Metologia
Em um laboratório de avaliação da função respiratória, pessoas com DPOC realizaram o teste de manovacuometria para obter os valores da pressão inspiratória máxima (PImáx) e da pressão expiratória máxima (PEmáx), com um equipamento analógico, na posição sentada, os participantes realizaram a técnica, com a boca acoplada a peça bucal e o nariz ocluído por um clipe. Os melhores valores obtidos foram organizados no Software Excel® e comparados aos valores previstos por Neder et al (1999).
Resultados
Participaram 15 mulheres e 10 homens no período de um ano. A média de idade foi de 59,32±16,43 anos. Dezesseis pessoas foram classificadas em grau moderado da doença, sete graves e dois em muito grave. Três pessoas não conseguiram realizar a manovacuometria. Das 22 pessoas que realizaram 68,18% apresentaram PImáx abaixo do previsto e 59,05% apresentaram PEmáx abaixo do previsto. A média da PImáx nas pessoas com debilidade muscular foi 45,66±10,66 cmH2O e a média da PEmáx foi 47,69±12,18 cmH2O.
Discussão
Os principais fatores que contribuem para a redução da força muscular respiratória na pessoa com DPOC são hiperinsuflação pulmonar e aumento do trabalho respiratório. Principalmente a redução da PImáx está associada a um pior prognóstico e severidade da doença. A resultado da redução da PEmáx pode estar associada com uma tosse ineficaz, sendo informação relevante para direcionar a conduta na pessoa com a DPOC.
Conclusão
As pessoas com DPOC deste estudo apresentaram redução dos valores obtidos da força muscular respiratória avaliadas pela PImáx e PEmáx ao comparar com os valores preditos em mais da metade dos participantes. Ainda a média dos valores obtidos para a força muscular respiratória foi inferior a cinquenta por cento do previsto.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Doença pulmonar obstrutiva crônica; Manovacuometria; Força muscular respiratória
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Cardiopulmonar
Instituições
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - Santa Catarina - Brasil
Autores
IGOR BRUNS BETINELLI, EDILAINE KERKOSKI, MARIGLEICE PAULINE STOLBEN, MATHEUS RYAN HAAG, GABRIEL HENRIQUE PINHEIRO DOS SANTOS